Ziriguidum fashion

Wagner Penna 

A moda pode ser carnavalesca, assim como o Carnaval inspira a moda. Basta dar uma olhadinha nos absurdos vistos nos tapetes vermelhos mundo afora – verdadeiras fantasias desfiladas como roupas de grifes. Dito isso, é bacana assinalar que o Carnaval brasileiro é tempo de riqueza criativa, tanto nas esplendorosas fantasias das escolas de samba quanto nas roupas simples e criativas dos bloquinhos ou na exuberância (em espaço mínimo) das verdadeiras obras de arte criadas para as rainhas de baterias e musas do carnaval.

Neste aspecto, vale registrar que o ritmo do samba, o molejo das mulheres eleitas para essas funções e muito trabalho dos artistas (desde estilistas até carnavalescos) fazem dessa alegria algo diferente do resto do mundo. Um toque essencialmente verde-amarelo naquilo que (ainda) podemos chamar de moda.

Vaivém

  • O estilista mineiro Francisco Costa (ele nasceu em Guarani, na Zona da Mata) assina as fantasias da comissão de frente da escola de samba Beija Flor, no Rio. Ele diz que, ao trabalhar no assunto, lembrou muito de sua saudosa mãe, dona Lita, a quem ajudava no Carnaval de sua terra natal.

 

  • O estilista Victor Dzenk (que já foi homenageado em desfile de escola de samba carioca) baixou no Rio para as festas momescas. E foi com força total: baile no Copacabana Palace, desfile na Sapucaí e camarote no desfile das campeãs. Depois, descanso... merecido.

 

  • A “briga” entre capitais com mais ou melhores bloquinhos de ruas acabou ficando assim: São Paulo tem o maior número do País (quase 700), o Rio tem a melhor distribuição por bairros e Minas tem os mais criativos. E Beagá foi responsável por manter e “restaurar” esse costume por meio da quase cinquentenária Banda Mole.

Ponto final

Enquanto os tamborins batem acelerados por aqui, o povo da moda internacional está às voltas com os desfiles de lançamentos na Europa, que vai até início de março. O roteiro de sempre: começa em Londres, vai para Milão e acaba em Paris. Na pauta, o inverno 2021.

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