Zema volta a reforçar que pandemia em Minas Gerais está sob controle

Da Redação

O governo de Minas Gerais atualizou nesta terça-feira, 12, a situação do estado no enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19). Na coletiva, transmitida pelas redes sociais de Romeu Zema (Novo), o governador destacou o trabalho feito pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) na abertura de linhas de crédito para as prefeituras, principalmente “neste momento delicado”.

Zema ainda anunciou o aporte de R$ 100 milhões ao banco, através da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), o que, segundo ele, deve ampliar a carteira de crédito do BDMG em R$ 1 bilhão. 

— (...) para que seja direcionado aos setores que são tão afetados pela crise, mais linhas de crédito tanto para o setor privado quanto para as prefeituras e entidades públicas — afirmou.

O governador ainda lamentou o número de mortes no estado, mas, apesar dos dados, o cenário ainda continua sob controle.

— A situação do estado continua segura. (...) Apenas 6% dos leitos de UTI estão ocupados por pacientes com casos confirmados ou suspeitos de covid — destacou.

Ele ainda ressaltou o trabalho do estado em ampliar a rede de saúde  mesmo sem a demanda imediata por leitos. 

— Pode parecer irônico, mas o estado que mais avançou em ter infraestrutura contra o coronavírus é o que tem menos infectados — pontuou.

Para exemplificar a fala, ele citou que Minas Gerais construiu o hospital de campanha mais barato do Brasil, com 768 leitos por cerca de R$ 5,3 milhões, com cerca de 80% do investimento sendo custeado pelo setor privado. 

— Somos o único Estado a comprar EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] para distribuir, a preço de custo, aos municípios — complementou, ao citar que cerca de 80 cidades mineira já se beneficiaram dessa ação. 

Além disso, 1.047 respiradores, comprados com o recurso judicial obtido da Vale e da Samarco, devem serem entregues no próximo mês, com “preço abaixo do mercado”, afirmou Zema.

Por fim, o governador destacou que apenas 30% do municípios mineiros registraram casos confirmados ou mortes por coronavírus e, por isso, as cidades com nenhum ou poucos infectados não precisam manter o comércio fechado, mas devem respeitar as orientações de prevenção.

BDMG

Em seguida, o diretor-presidente do BDMG, Sérgio Gusmão, discursou sobre os programas desenvolvidos pela instituição. Segundo ele, em um mês, com o “BDMG Solidário”, foram emprestados R$ 193 milhões, valor 91% maior do que o mesmo período no ano passado.

— É um recurso que está na mão dos empreendedores e das prefeituras, irrigando e dando sustentação a economia mineira — afirmou.

O diretor também anunciou que agora os municípios podem iniciar ou dar continuidades às suas solicitações virtualmente. Ele também agradeceu o aporte de R$ 100 milhões. 

— Esse tipo de porte não é frequente, mas demonstra a confiança do acionista no banco — finalizou.

Saúde

Antes de encerrar a coletiva, o secretário de Estado de Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral, apresentou o boletim epidemiológico. Até esta terça-feira, o órgão contabilizava 3.435 casos confirmados e 127 mortes positivas para coronavírus. Ao iniciar sua fala, ele também aproveitou a oportunidade para agradecer o trabalho realizado pelos profissionais de enfermagem.

Questionado sobre  inclusão do governo federal de academias, salões de beleza e outros como serviços essenciais, o secretário afirmou não haver, no momento, qualquer intenção de fazer essa inserção. Assim, todos os municípios devem seguir as orientações dispostas no “Minas Consciente”.

No âmbito do esporte, o Atlético-MG recebeu ontem os jogadores para testá-los para covid-19, indicando a possibilidade do retorno às atividades. Para o secretário, permanece a orientação inicial da não realização de qualquer evento com mais de 30 pessoas. Ele afirmou que os clubes podem realizar atividades internas, desde que não haja aglomeração, os clubes definam protocolos de segurança sanitária, acompanhem os jogadores e a equipe envolvida e façam uma testagem adequada. 

Pico

O pico, de acordo com o líder da pasta, deve acontecer no próximo dia 8. Com 4% dos leitos de terapia intensiva e 4% dos leitos de enfermaria ocupados, o secretário avalia que o estado está preparado para lidar com um possível aumento dos casos.

— Entendemos ainda que há capacidade operacional significativa e não estamos tendo um considerável aumento de demanda que possa trazer uma preocupação considerável a secretaria — afirmou.

Em suas considerações finais, ele destacou o papel da população em seguir as orientações de prevenção ao vírus, dada a inexistência de vacina ou remedia comprovadamente eficaz contra a doença. 

— A única certeza que nós temos para evitar um grande aumento de casos é o distanciamento social. Isso é fundamental, é a única medida que podemos ter certeza. (...) esses cuidados vão trazer um benefício para a sociedade e são eles que vão permitir o retorno à normalidade o mais rapidamente possível — concluiu.

 

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