Votos para o Ano Novo

Augusto Fidelis

  

“Aos meus amigos, que durante este ano me enviaram, por e-mail, várias correntes que prometiam fortunas, aviso: não estão funcionando. No próximo, gentileza mandar o dinheiro vivo.” A mensagem acima nos chegou por e-mail, apenas fazemos o repasse.

Neste clima, não há como ignorar que dentro de poucos dias terá início uma nova etapa no calendário, na qual depositamos nossas esperanças de mudança, de progresso na vida. Portanto, é muito justo volvermos os olhos para o infinito e dar graças a Deus por tudo que nos ocorreu durante o ano que se finda. Mesmo as coisas desagradáveis, porque só as presenciamos por estarmos vivos, e estar vivo é a graça das graças.

Mais um detalhe: não só ficamos vivos, mas também tivemos saúde e sabedoria para resolver todos os problemas, além de disposição para carregar o fardo, que representa a nossa cota de sacrifícios na vida, e a fé necessária para animar a caminhada, com a certeza de que iríamos chegar. Agora, é claro que o dinheiro sempre dá uma ajudinha básica, mas não é o principal. Se fosse, os ricos não teriam depressão.

O caso é que ninguém caminha sozinho, porque, ao longo do percurso, muitas outras pessoas também caminham e os destinos vão se cruzando. O relacionamento humano é muito difícil, portanto é preciso conviver. E viver com o outro exige paciência, compreensão, renúncia, amor. É preciso aceitar o outro como ele é, mas o outro também tem de entender que há mais alguém além de si que merece carinho, atenção, enfim, amor.

Com o aval dos programas televisivos, boa parte das famílias está totalmente desestruturada. Pais e filhos não se entendem e, em determinados casos, chegam a ceifar a vida de um ou de outro. No Livro do Eclesiástico (Eclo 3,3-7,14-17a), assim está escrito: “Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. Quem honra o pai alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana”.

São Paulo apóstolo, na carta aos Colossenses (Cl 3,12-21), faz aconselhamento na mesma linha do Eclesiástico, que pede a caridade dos filhos para com os pais, porém, ao mesmo tempo, pede o mesmo aos pais com relação aos filhos. Sinceramente, é nosso desejo que o Ano Novo seja de paz nas famílias, e estas a façam chegar às ruas e em todos os ambientes possíveis.

Na próxima segunda-feira, dia 2 de janeiro, nós, servidores públicos, passamos a conviver com uma nova administração. Fazemos votos que sejam quatro anos de profícuo trabalho, para o bem da cidade e de todos os seus habitantes. Que Deus nos proteja. Que tenhamos todos um Feliz 2017. Feliz Ano Novo!

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