Voltamos à onda vermelha

Amnysinho Rachid

Voltamos à onda vermelha e, com ela, quase tudo fechado e, de novo, o medo e a insegurança. Mas, com certeza, temos uma grande culpa em tudo isso, é o reflexo das festas de fim de ano, a falta de cuidado e a irresponsabilidade.

Pensa se não é isso que acontece: os jovens vão para as festas, sem nenhuma proteção e em uma grande aglomeração. E aí, vale tudo: abraços, beijos, bebidas, drogas e muita dança, pois “jovem não fica doente e nem morre”. Mas essa mesma pessoa volta para casa, abre a porta, vai na geladeira bebe água, come e deixa tudo na pia e vai para cama curtir um soninho. Os pais acordam, vão à cozinha, limpam a sujeira deixada pelo filho, abrem a porta e pegam a doença. A peste propaga e mata os pais, aí o jovem vai para as redes sociais, chora, culpa o governo e enterra seus entes queridos, e ainda reclama que não foi possível vê-los. Esquecem das festas e de quem propagou a doença.

Aqui na terrinha notamos a luta dos comerciantes em manter seus negócios funcionado, em todas as lojas, os funcionários usando máscaras e álcool em gel, pedindo aos clientes que mantenham a distância, mas o povo não ajuda. Veja as filas do banco estão dando voltas no quarteirão, a maioria de idosos, sem distanciamento. 

Outro dia, eu estava numa fila de um supermercado e uma senhora estava tão perto de mim que fingi uma tosse e disse bem alto: "Acho que estou um pouco quente". A dona deu um pulo para trás e ficou me olhando de longe.

Estamos sentindo os efeitos das festas de fim de ano e agora vem o retorno da turma que está chegando da primeira quinzena de praia. Já estamos também vendo a turma que está indo novamente para praia, fora que a maioria já está programando o carnaval. Doidera, né? Sabemos como evitar, mas tem a grande moçada que não quer parar. Só tem uma coisa a dizer: “queta o rabo em casa, moçada”.

E assim vamos torcendo por dias melhores e pela vacina. TOK Empreendimentos, rua Cristal,120, Centro.      

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