Volta às aulas: o que levar na lancheira?

Gabriel Rodrigues

O fim das férias se aproxima, é hora de muitas crianças se prepararem para iniciar ou voltar às aulas. É nesta época que tanto elas quanto mães e pais se dedicam para deixar o material organizado, escolher uma bela mochila e verificar se que está tudo pronto para o ano letivo. E é neste período também que vem uma preocupação: o que preparar para o lanche das crianças?

De acordo com a nutricionista e professora universitária Kelly de Freitas Santos, esta é a hora de trabalhar a nutrição comportamental com os pequenos e moldar uma boa alimentação.

— A nutrição comportamental vem tratando de um conjunto de ações que envolvem o alimento, desde as preferências alimentares no cardápio até o fato de como e do que se come. Ela traz estratégias de trabalhar com a criança a maneira pela qual ela pode se alimentar bem e de forma saudável — conta a nutricionista.

A profissional destaca ainda que, na hora da preparação da lancheira, é orientado que sejam escolhidos produtos de acordo com o guia alimentar.

— O ideal é usar alimentos que sejam in natura ou minimamente processados, ou seja, são alimentos que descasca-se mais e desembrulha-se menos — informa.

Lanche completo

Kelly ressalta que, para uma refeição completa, é necessário incluir todos os grupos alimentares: carboidrato, proteína, lipídios, vitaminas e sais minerais. Assim, o lanche poderia conter frutas, queijos, leite fermentado e pão integral ou de queijo. Alimentos ultraprocessados, ou seja, prontos para o consumo e/ou com pouca preparação, como é o caso dos biscoitos recheados, salgadinhos, iogurte e frituras, devem ser evitados.

— É importante destacar que “não é que não se pode consumir”. Na nutrição comportamental, não é proibido nenhum tipo de alimento. Todos os grupos alimentares são trabalhados de forma equilibrada — explica.

Kelly orienta que as crianças devem mastigar devagar, compreender os sinais de fome e saciedade e ser incentivadas às brincadeiras como correr, pular corda, para diminuir o tempo com uso de tecnologia e estimular o nível de atividade física.

Nutrição comportamental

Ainda de acordo com a nutricionista e professora universitária, tem-se percebido uma rápida mudança no comportamento alimentar das crianças, com a piora da qualidade da dieta infantil de forma global, caracterizada por diminuição no consumo de frutas, verduras, fibras e aumento no consumo de alimentos processados ricos em açúcar, gordura saturada e sódio. Além disso, práticas parentais podem impactar de forma positiva ou negativa no comportamento alimentar infantil.

— Compreender essas práticas é essencial para influenciar melhores comportamentos de saúde e qualidade de vida na infância — destaca.

No dia 10 do próximo mês, a nutricionista Kelly Freitas ministra o curso “Nutrição comportamental na infância”. O evento é gratuito e será realizado na Una Divinópolis.

As inscrições podem ser feitas pelo Sympla e outras informações podem ser obtidas pelo telefone (37) 3112-0022.

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