VLI anuncia R$ 200 mi para manutenção de ferrovia

 

 

Ricardo Welbert 

A empresa Valor da Logística Integrada (VLI), gestora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e da oficina férrea de Divinópolis, anunciou previsão de investimentos de R$ 200 milhões no aprimoramento da manutenção dos ramais ao longo dos próximos quatro anos.

Em nota ao Agora, a empresa informou que pretende adquirir tecnologias que serão usadas nos trechos que cortam várias regiões do Brasil.

O começo desse investimento já pode ser percebido na automatização da troca de dormentes dos trilhos. Recentemente, o processo foi melhorado com um conjunto de sete máquinas que faz todo o serviço, desde a retirada do dormente até a fixação da peça nova.

De acordo com o gerente-geral de Engenharia Ferroviária, João Silva Júnior, a atividade ficou bem mais ágil, permitindo a troca de mil dormentes por dia e reduzindo riscos de acidentes de trabalho.

— É um conjunto exclusivo. Ele foi pensado para nossa demanda e reúne cinco equipamentos nacionais — explica.

Em outra vertente, a VLI aprimora a gestão total do atrito e espera ser, a partir de 2019, a empresa brasileira de logística com maior número de sistemas fixos eletrônicos dessa gestão na FCA em Minas Gerais e na Ferrovia Norte Sul, entre Açailândia, no Maranhão, e Porto Nacional, no Tocantins.

— Esse aparato é formado por dois tipos de equipamentos: os lubrificadores de trilhos e os aplicadores TOR. O primeiro libera graxa nos frisos das rodas dos vagões e permite a distribuição da substância por até quatro quilômetros. Já os TORs garantem a dispersão de um componente para modificar o atrito entre rodas e trilhos, oferecendo mais aderência. O alcance também é de quatro mil metros. Em ambos os casos, os equipamentos são acionados por sensores magnéticos mediante a passagem dos vagões — detalha.

Ainda segundo a empresa, já são 88 aparelhos em operação. A previsão é de que sejam mais de 200 até o fim do ano. Para 2022, a meta é ter mais de 300 distribuídos nos três corredores logísticos de maior densidade de tráfego.

Esse reforço na manutenção da ferrovia vai ampliar a vida útil de trilhos, rodas, dormentes e fixações, além de reduzir os riscos de acidentes, ruídos dos trens nas curvas e ainda diminuir o consumo de combustível das locomotivas.

 

 

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