Vigilância confirma irregularidades e fecha mais uma clínica

Dessa vez, foi interditada uma comunidade terapêutica feminina

Da Redação

Outra clínica de reabilitação foi fechada em Divinópolis. A ação partiu de força-tarefa liderada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) com participação da Secretaria Antidrogas, do Conselho Tutelar, do Conselho Municipal Antidrogas e da Polícia Militar. As informações são da assessoria de comunicação da prefeitura.

A clínica de recuperação de dependentes químicos fica nas proximidades do Aeroporto Brigadeiro Cabral. Fiscais da Diretoria de Vigilância em Saúde encerraram as atividades da comunidade terapêutica feminina após constatarem irregularidades.

Segundo a prefeitura, além de maus-tratos,  havia presença de uma menor grávida sem consulta pré-natal e uma paciente com esquizofrenia entre as internas.

A operação foi realizada na terça-feira, 22, e divulga nesta quarta-feira, 23. Na clínica, havia oito internas, que confirmaram que nenhuma residia em Divinópolis.

Uma interna, ainda de acordo com a prefeitura, contou sobre a morte de uma companheira e relatou castigos aplicados por monitores da clínica.

A Vigilância em Saúde encontrou uma paciente da saúde mental, que estava em crise e sem assistência de psiquiatra no momento.  A paciente, de acordo com os fiscais, estava desorientada e o psiquiatra da clínica foi solicitado, porém os responsáveis pela unidade, porém não encontraram o profissional.

A paciente, com quadro de esquizofrenia, foi encaminhada ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Divinópolis. O Conselho Tutelar encaminhou as duas menores aos respectivos familiares. Já as outras internas ficaram na unidade aguardando os parentes.

Ação prossegue

A Vigilância em Saúde alertou que os fiscais fecharão clínicas com internos involuntários, maus-tratos e castigos. Em 2 de agosto, uma clínica de recuperação de dependentes químicos foi interditada por maus-tratos e falta de licença da vigilância sanitária. A recomendação de fiscalização partiu do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG).

Mais informações na edição impressa de amanhã do Jornal Agora.

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