Vereadores gastam mais de R$ 20 mil com gabinetes

Dinheiro foi usado para a manutenção; atual presidente promete diminuir e cortar

 

Pollyanna Martins 

Enquanto faltou dinheiro para muitos em 2020, a situação foi o oposto para os vereadores de Divinópolis. Os parlamentares gastaram, no ano passado, R$ 22.600,64 só com manutenção dos gabinetes. Conforme os dados do Portal da Transparência, Adair Otaviano (MDB) foi o vereador que mais gastou com o seu gabinete. As despesas do parlamentar com o seu gabinete totalizaram R$ 6.526,99. Na contramão dos gastos, o vereador Matheus Costa (CDN) foi o que menos teve despesas com a manutenção do seu gabinete. O Agora apurou que o parlamentar gastou apenas R$ 84,30. 

De acordo com o Portal da Transparência, estão incluídos, nos gastos com o gabinete, material de consumo – envelope, etiqueta, copos descartáveis, caneta, tonner, papel A4 etc. – selos e telefonia fixa. O levantamento feito pelo Agora mostrou ainda que os vereadores que mais gastaram com os seus gabinetes, além de Adair Otaviano, foram Eduardo Print Júnior (PSDB) e Zé Luiz da Farmácia (PMN); com R$ 2.590,88 e R$ 2.156,59, respectivamente. 

Econômicos 

No entanto, teve vereador que conseguiu economizar. Os mais econômicos da Câmara, depois de Matheus Costa, são Roger Viegas (Republicanos) e Rodrigo Kaboja (PSD). Roger gastou com manutenção em seu gabinete R$ 116,72, e Kaboja, R$ 512,67. Apesar de os dados mostrarem que o gabinete de Carlos Eduardo Magalhães (Republicanos) teve uma despesa de R$ 221,07, ele não pode ser colocado em comparação com os demais, pois o vereador assumiu uma vaga na Câmara em abril, após a renúncia de Sargento Elton. 

Quer economizar R$ 300 mil 

O atual presidente da Casa, Eduardo Print Júnior (PSDB), disse em seu discurso quando eleito que a palavra de ordem seria austeridade. No sentido de economizar, propostas já são apresentadas. Uma delas é extinguir a compra de impressoras e, consequentemente, insumos para o seu funcionamento. De acordo com Print Júnior, há um estudo sendo construído pela Câmara para que seja realizado o aluguel do equipamento. 

— Temos 17 gabinetes e outros departamentos que, ao final do ano, geram um custo de R$ 60 mil apenas com impressões e insumos — revelou.  

Outra medida que o presidente pretende adotar é a implantação, nas próximas semanas, de um novo painel de votação no plenário. Atualmente, a Câmara investe R$ 60 mil anuais no aluguel do painel eletrônico, que computa a presença dos vereadores nas reuniões, além de contabilizar os votos de cada parlamentar. Print explica que há uma metodologia de votação que contará com um único investimento de R$ 50 mil, o que significará uma economia de R$ 190 mil ao fim de quatro anos. 

— São práticas simples, mas que garantem uma grande economia ao final de um mandato — resumiu Print Júnior.

Foto: Reprodução

 

 

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