Vereador contra fogos com estampido

Bob Clementino 

A lei municipal que proíbe o uso e manuseio de fogos de artifício com estampido já está em vigor em várias cidades do Brasil, inclusive foi aplicada no último Réveillon. Em nossa cidade, o vereador Ademir Silva (PSD) criou,  nesta mesma direção e  também atendendo apelo de muitos interessados, o projeto de lei que “proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de artifício com estampido, assim como qualquer artefato pirotécnico de feito sonoro, ruidoso”. Essa desaprovação aos fogos de artifício estrondosos tem o  objetivo de proteção a  pessoas e a animais sensíveis ao barulho, como bebês, muitos idosos, pessoas com de transtornos de saúde fora ou dentro de hospitais, gatos, cachorros e, no caso de Divinópolis,  animais silvestres da Mata do Noé.

Alerta ao Ademir

Na minha página no Facebook, já aconteceu grande debate sobre o tema “fim dos fogos com estampido” e, pelo que pude perceber, há muita resistência das cidades que produzem fogos de artifício para adaptar sua linha de produção ao novo estilo e assim oferecer também aos consumidores fogos sem estampido. O conveniente é que o vereador Ademir visite as cidades de Minas onde o projeto municipal já foi aprovado, de forma tal que a sua assessoria se informe sobre as dificuldades encontradas para a aprovação do projeto de lei e sua prática. 

Ineficácia da Câmara

Lembram quando, no ano passado, os edis anunciaram com orgulho o fim da taxa de esgoto, chamada pela Copasa de Taxa de Esgoto Dinâmico (EDC)? Pois é, ela continua sendo cobrada desde 2013 e onera em 50 % a tarifa de água. Foi só muito blá-blá-blá!

Políticos que só denunciam

Os eleitores já estão dando sinais de impaciência em relação a políticos com mandatos e pré-candidatos que enchem as redes sociais com denuncismos sensacionalistas, chutando o pau da barraca e aos gritos. É que eleitores hoje, abastecidos pelas redes sociais, na maioria das vezes, têm mais informações sobre os bastidores do poder político  que alguns pré-candidatos a vereador. E mais:  já sabem que na política quem grita muito, chuta balde e outros apetrechos, é porque acha mais fácil denunciar que propor soluções para os problemas urbanos e sociais que afligem a cidade. Estamos de olho.

É fato

Na discussão travada entre ambos nas redes sociais, o prefeito Galileu (MDB) pediu ao deputado estadual Cleitinho Azevedo (CDN) que se empenhasse na cobrança das verbas cabíveis à Prefeitura e que o governador Zema teima em segurar nos cofres do Estado. E o prefeito tem razão: se o Estado liberar o valor retido, o prefeito, que é um “fazedor de obras”, ainda transforma a cidade em canteiros de construções. Pago para ver essa restituição!

Pré-candidatos a prefeito

Toda véspera de eleição em Divinópolis é assim: a mídia, as ruas e corredores do poder começam a falar em vários nomes para prefeito. Mas, quando se aproxima o mês de junho do ano eleitoral, a realidade cruel do que é uma campanha para prefeito afasta muitos candidatos e só ficam os que têm votos de fato, os que têm grana ou grupos de apoiadores financeiros fortes para bancar as campanhas. Os aventureiros, que só queriam usufruir de 15 minutos de glória, colocam a viola no saco e somem.

Alcaide no páreo

Dizem que o atual prefeito, Galileu Machado, pretende tentar se reeleger em 2020. Com quase 90 anos, mas gozando de boa saúde mental e física, eu pergunto: por que não? Recado aos adversários: cautela, não desmereçam o poder de uma candidatura a prefeito baseando-se em “achismos” ou em inconsistentes observações. Se na eleição de 2020 tivermos quatro candidatos fortes a prefeito de Divinópolis e se nenhum se tornar um fenômeno eleitoral, o futuro prefeito deve ser eleito com 45 a 50 mil votos. Galileu tem fidelizado 30/35 mil eleitores e, se conseguir uma mulher para a vice (o que segundo Instituto de pesquisa Censuk tem o poder de aumentar em 15 % as possibilidades de vitória), chega perto do percentual de votos que se projeta para eleger o próximo prefeito de Divinópolis. Mas este quadro muda substancialmente se o deputado Cleitinho disputar a prefeitura ou apoiar fortemente um candidato. Claro que tudo isso é exercício de futurologia e muita água vai correr debaixo da ponte até chegar a eleição em outubro.

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