Vereador cobra políticas públicas

 

Matheus Augusto

Como noticiado com exclusividade pelo Agora no último dia 7, cerca de quatro mil famílias em situação de extrema pobreza estão cadastras na Secretaria de Assistência Social. Ou seja, a renda per capita mensal não ultrapassa R$ 85 por pessoa. Em 2013, eram cerca de 100 famílias nesta mesma situação. Os dados deste ano ainda apontam para 7.252 em situação de pobreza, 14.137 com baixa renda, e 8.070 com renda acima do meio salário mínimo. O tema voltou a ser abordado na Câmara na reunião de ontem pelo vereador Matheus Costa (Cidadania).

— Infelizmente, nós estamos enfrentando em Divinópolis uma situação desumana, triste, em que mais de quatro mil famílias estão vivendo com menos de R$ 85 por mês. Mais de 32 mil famílias estão vivendo com menos de um salário por mês — destacou.

Proposta

O vereador ainda cobrou atitudes dos colegas de Câmara e outros políticos para reverter a situação.

— E agora eu quero refletir com todos vocês aqui, com o primeiro escalão da nossa cidade, o Executivo, vice-prefeito, prefeito, deputados estaduais e federais: o que realmente nós estamos fazendo e políticas públicas para mudar a realidade dessas famílias que estão vivendo com menos de R$ 85 por mês? Famílias. Não dá para comprar uma cesta básica — destacou.

Matheus Costa ainda ressaltou a importância de haver mais projetos para melhorar as condições dessas famílias.

— Não tem condições de termos um número desses, absurdo, desumano, grave, e continuar vindo para a Câmara projetos pífios, que não são voltados para a situação de miséria enfrentada por essas famílias. (...) O que nós estamos fazendo de fato para essa população que vive em extrema pobreza, que vive com menos de um salário mínimo? Não é uma pessoa, é uma família inteira que vive com esse valor — criticou.

O vereador ainda aproveitou seu tempo de fala para criticar o alto custo da política no Brasil.

— Enquanto em Divinópolis mais de 32 mil famílias vivem com menos de um salário mínimo, o nosso Congresso Nacional custa R$ 11 bilhões por ano. A nossa Assembleia Legislativa de Minas Gerais [ALMG] é a mais cara do Brasil e fica em quase R$ 2 bilhões por ano. A nossa Câmara Municipal, porque a gente tem que parar de fazer promessa para os outros rezarem e rezar também, fica em mais de R$ 20 milhões por ano. Mais caro que a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] — relatou o vereador.

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