Vendas internas e exportações  derrubam indústria regional

 

Pablo Santos

A Indústria regional amarga resultados negativos nos primeiros nove meses do ano com declínio dos negócios internos. De acordo com a pesquisa da Federação da Indústria de Minas Gerais (Fiemg), os indicadores de emprego, vendas e massa salarial apontam para queda e apenas as horas trabalhadas aumentaram no acumulado de 2018 nas empresas do Centro-Oeste.

O faturamento real caiu 20,5% em setembro, após aumento de 20,7% no mês anterior.

— A queda foi justificada pelo decréscimo das vendas internas e das exportações — apontou o estudo da Fiemg.

O lucro no acumulado do ano caiu 4,7% no comparativo com o ano anterior. Em outro confronto, setembro de 2018 com o mesmo período de 2017, a retração foi de 7,3%. Nos últimos 12 meses, outro declínio: 5,5%, de acordo com a Fiemg.

Outro indicador negativo foi o emprego na indústria do Centro-Oeste. Os números apresentavam leve crescimento, mas perderam força e está com saldo negativo.

— O emprego, que vinha registrando pequenos crescimentos mensais ao longo de 2018, exibiu queda de 0,6% — conclui a pesquisa mensal.

A massa salarial real até avançou 7,3% em setembro, compensando o decréscimo de 6,3% ocorrido em agosto, mas no acumulado retraiu em 5,1%, apontou a pesquisa.

No acumulado do ano, as horas trabalhadas na indústria local apresentaram alta de 0,6%

— De janeiro a setembro, apenas as horas trabalhadas na produção mostraram avanço, entre as variáveis pesquisadas — revelou a pesquisa.

Apesar do leve acréscimo no ano, as horas trabalhadas na produção recuaram 6,4% em setembro na comparação com agosto, devido ao menor número de dias úteis.

De acordo com a pesquisa da Fiemg, as incertezas da economia deixam os empresários apreensivos em relação ao futuro.

— O ambiente de negócios desfavorável, combinado com o elevado grau de ociosidade da indústria, restringe as perspectivas de realização de novos investimentos e uma recuperação mais robusta do mercado de trabalho. Esse cenário interno desafiador tem comprometido a retomada da atividade industrial de Minas Gerais —apontou o estudo da Fiemg.

 

 

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