Vale a pena ser prefeito?

Desde 1977 que a cidade é dirigida por governos ligados ao PMDB e ao PSDB. Começou com Fabio Notini, que ao morrer deixou Galileu Machado fechar o mandato. Em seguida Aristides Salgado e Galileu “brigaram” duas vezes, se alternando no poder, até Domingos Sávio do PSDB ganhar, mas não se reeleger. 

 

Voltou Galileu 

 

Sávio bem que tentou, mas não fez um grande governo, mesmo tendo como aliado por algum tempo o governador Eduardo Azeredo, que nem tomou conhecimento de Divinópolis, preferindo a cidade natal dele, Sete Lagoas, hoje uma potência em virtude das obras que o filho querido levou para lá. Assim, Galileu voltou tranquilo, vencendo uma eleição considerada barbada, na concepção dos jogadores do “bicho”, ou dos apostadores de corridas de cavalo. 

 

Por sua vez... 

 

...mesmo dando continuidade à construção de pontes e viadutos, Machado terminou a sua gestão, atolado em acusações de corrupção, nenhuma delas provadas até hoje, pelo contrário, absolvido em tudo. Aí deu vez para que o arquirrival Demetrius Pereira, filho do ex-deputado Gerado da Costa Pereira, ganhasse de forma tranquila, apoiado por todos os deputados e demais políticos que não faziam parte do PMDB 

 

Hoje, no PT... 

 

...Demetrius ainda não sabe o seu caminho, já que muitos o querem como candidato a alguma coisa e ele não quer nada com a política, a não ser “mexer com os pauzinhos”, por trás dos bastidores e colocar alguns amigos no poder, já que comunga com o pensamento do atual governador. Nesta semana pipocou uma denúncia envolvendo o seu nome e de alguns assessores a respeito de verbas do PAC. Ouvido, o ex-prefeito disse que isso não representa absolutamente nada para ele, e que “vai tirar tudo de letra”, num jargão futebolístico. 

 

Mesmo bem avaliado... 

 

...Demetrius não resistiu a uma prisão até hoje mal explicada, da qual já tem inclusive o salvo-conduto da própria PF e do Ministério Público, que não viu consistência nas acusações. Assim, chegou a hora de um político jovem, que representava o que de novo poderia ser feito na cidade e pela cidade. Vladimir ganhou de Galileu com boa margem de votos, tendo conseguido quatro anos depois, contra o próprio Galileu, a primeira reeleição em Divinópolis, desta vez com menos votos, pois o eleitor dividido entre mais três candidaturas entendeu que o peemedebista não deveria voltar. 

 

A juventude perdeu... 

 

...para a experiência. Vladimir não conseguiu realizar em seu segundo mandato, nada do planejado, inclusive mostrando claramente à população que não havia dinheiro. Não realizou obras de vulto, mas conseguiu mudar a prefeitura de um velho e desfigurado prédio para uma moderna estrutura, onde hoje funciona grande parte das pastas do Poder Executivo. Galileu foi eleito novamente, está no poder e sem dinheiro para fazer o que mais gosta: obras. 

 

Mas nem tudo... 

 

...está perdido. Ao se manifestar contrário à continuidade da calamidade financeira decretada por Vladimir e endossada pelo próprio Galileu, ele dá mostras de animação. Pode estar acontecendo alguma coisa de positivo e que Temer, com essa distribuição de verbas para deputados, sobrará algum dinheiro para Divinópolis, afinal, como o presidente, Galileu é também do PMDB, partido com a força do amigo Newton Cardoso. Mas se vai ou não acontecer algo, somente quem viver verá. 

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