Vai esquentar

Preto no Branco

A corrida eleitoral deve ganhar novos desdobramentos a partir de agora em Divinópolis. Isso porque o que antes era apenas uma hipótese de candidatura, agora ficou mais real do que nunca. Ao deixar o cargo de deputado federal em Brasília, com a volta de Bilac Pinto (DEM), Fabiano Tolentino (Cidadania) deve entrar para valer na corrida eleitoral. Só resta saber agora: como? Já que ele e Cleitinho Azevedo – que, se não for candidato à Prefeitura, deve indicar alguém – são do mesmo partido. Alguém vai ter que abrir mão da legenda. Só resta saber quem.

Curto período

Fabiano Tolentino, que por pouco não conquistou uma cadeira na Câmara Federal nas últimas eleições, deixa o cargo que assumiu como segundo suplente, apenas seis meses depois de ter assumido.  Com isso, Divinópolis perde uma importante representação em Brasil. Ao Agora, Tolentino disse que fez o melhor que pôde e o que aconteceu faz parte. Mas em uma coisa ele tem muita razão. Se tivesse sido eleito de forma direta, Divinópolis não estaria passando por esta situação. Ele obteve 67.008 votos, porém, por problemas de legenda, não foi eleito. Tomara que, a partir de agora, muita gente absorva toda este transtorno e pare de votar em paraquedista. Se não fosse esta medida “burra”, a cidade teria, no mínimo, três representantes em Brasília e dois na Assembleia Legislativa.

Pediu para sair

O imbróglio envolvendo a recomposição salarial para a Segurança Pública foi a gota d’água para a saída de Bilac Pinto do cargo de secretário no Governo Zema (Novo). Bilac disse que, mesmo entendendo as razões do veto parcial do governador à sua proposta de recomposição salarial, que ajudou a negociar, isso lhe tirou as condições de, diante do atual cenário político, continuar a conduzir as negociações com o parlamento mineiro. E ele não foi o primeiro. Na semana passada, pelo menos dez pessoas da Saúde pediram exoneração, incluindo o subsecretário, por não concordar com a postura do Governo.  Infelizmente, o momento em Minas é de desgovernança total, e o que não pode acontecer de jeito nenhum neste momento é uma crise. O Estado ainda tenta se recuperar dos estragos de contínuas e intensas chuvas, epidemia de dengue e coronavírus... Que Deus nos ajude!

Solução caseira

E em meio à crise que ganha grandes proporções, o vereador por Belo Horizonte Mateus Simões (Novo) se licenciará do cargo e não será mais pré-candidato à Prefeitura para se tornar secretário-geral. Já o substituto de Bilac Pinto, como secretário de Governo, será Igor Eto. Neste turbilhão de problemas internos, o vice-governador, Paulo Brant, deixou o partido Novo. Para piorar, só falta ele deixar o Governo.

Manifestação ameaçada

Depois que o presidente Jair Bolsonaro disse não ter convocado ninguém para participar da manifestação em apoio ao seu governo, no próximo dia 15, os organizadores do ato estão avaliando os riscos de se manter o evento. A deputada federal Bia Kicis (PSL) afirma que acompanhar a questão da saúde vem em primeiro lugar. Ela já até se aconselhou com o ministro da Saúde e disse que vai procurar outras autoridades para avaliar os riscos de se manter a manifestação no domingo. Apesar do recuo do presidente, a ação foi convocada, além dele, pela Secretaria de Comunicação do governo publicamente. Ironicamente, o secretário de comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, está com coronavírus. O integrante do Executivo fez exame para a Covid-19 no Albert Einstein e o resultado deu positivo. Ele viajou aos Estados Unidos nesta semana, junto com o presidente. Como admite o próprio ministro da Saúde, a situação já está saindo do controle. Então, o negócio mesmo é fugir de aglomerações. Doido é quem for.

Comentários