Vai e volta

Vai e volta

Como virou tradição, mais um recuo. Após críticas, o Ministério da Saúde voltou atrás e, novamente, recomenda a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos, incluindo jovens sem comorbidades. A informação foi confirmada na noite de quarta, pelo secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, juntamente com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A morte de uma jovem, de 16 anos, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, não está relacionada à vacina. “Os benefícios da vacinação são maiores que os eventuais riscos de eventos adversos”, destacou. A suspensão da vacinação deste público levou ao receio alguns pais. Ontem, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, também precisou tranquilizar as famílias: "Adolescentes e mães, o risco de qualquer efeito colateral da vacina é muito pequeno e se comparado com a vacina é menor ainda.” Esse é o ponto, nenhuma consequência é mais grave do que rejeitar a imunização e correr o risco de contrair uma doença que pode ser fatal além, é claro, de contaminar outras pessoas, especialmente mais vulneráveis, nesse processo de negação. 

A escolha

Adultos que querem se vacinar já se vacinaram, ao menos com a primeira dose. Essa também foi a fala do secretário estadual no início da tarde de ontem. O índice de 100% de mineiros acima de 18 anos só não será alcançado por escolha individual, não pela falta de doses em estoques. O indicador, no entanto, deve ficar perto da totalidade. Até ontem, mais de 93% haviam recebido uma dose e quase 50%, duas. A estatística é animadora. Agora, o foco do governo está em adolescentes entre 12 e 17 anos e na aplicação do reforço em idosos. A próxima etapa, adiantou o chefe da pasta, deverá ser de crianças. No entanto, esse passo ainda depende da avaliação da Anvisa. Apesar de indefinida, Baccheretti disse que os estudos da Pfizer em crianças apresentaram resultados positivos de eficácia.

Não há luz no fim do túnel

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), dá sinais de preocupação com a situação energética. Em todo o país, especialistas alertam para o risco de apagões na reta final do ano com o baixo nível dos reservatórios de água, especialmente no Sudeste. O aumento na conta de luz foi a primeira, mas talvez tardia, ação do governo federal na tentativa de frear o consumo e evitar o risco de falta de iluminação. Obviamente, devemos fazer nossa parte contra o desperdício, mas é preciso que questões de preservação natural, incluindo do recursos hídricos, parem de ser tratadas apenas como temas de discussão global. É fundamental que municípios e estados passem a discutir e adotar práticas e modelos sustentáveis de funcionamento. Não trata-se mais de apenas pensar nas futuras gerações. Os impactos das intervenções humanas estão cada vez mais próximos. É preciso parar de jogar a responsabilidade para os próximos e assumir nossa parcela de culpa e responsabilidade sob o planeta que habitamos. 

Viralizou

Um dos vídeos de maior circulação nesta semana foi de uma moradora mostrando a poeira que cobriu seus pés. Vereadores já estiveram no local e afirmaram que uma solução virá, mas pediram paciência. O problema não é recente e deve ser denunciado e exposto quantas vezes for preciso para chamar a atenção das autoridades competentes. O prefeito Gleidson Azevedo (PSC), há nove meses no cargo, pode alegar ainda não ter tido tempo de resolver o problema. Um argumento justo. A falta de recursos, no entanto, não deve ser problema. A cidade tem recebido bons montantes do governo estadual, como a indenização da Vale, que soma R$ 15 milhões e chega até o próximo ano.

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