Vai cumprir?

Pelo andar da carruagem, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Carmo do Cajuru vai funcionar primeiro do que a de Divinópolis. Lá, já está pronta e depende de poucos detalhes para começar a tratar a água do rio Pará. Aqui, a última promessa da Copasa, depois de tantas, é o mês que vem. Mas, há muita gente que duvida. Se assim for, Cajuru sairá mais uma vez na frente. Tomara que não. O rio Itapecerica agoniza.

Direto na conta

Dezenas de prefeitos se reuniram com o senador Aécio Neves (MDB), em Belo Horizonte, para discutir a PEC dos Municípios. Vereadores e outros gestores também participaram da discussão da emenda que altera a transferência de recursos do Orçamento da União para estados e municípios por meio das emendas parlamentares. A PEC prevê o repasse direto aos municípios dos recursos destinados pelas emendas para obras e investimentos públicos. Já passou da hora. Essa coisa de passar pelo Estado só tem burocracia e só serve para atrasar o desenvolvimento das cidades.

Queda de braço

A Câmara e a Prefeitura travam uma queda de braço para fazer valer as normas que tratam sobre a atuação dos motoristas de aplicativos em Divinópolis. O decreto da Prefeitura foi publicado três vezes, e o Município já disse que se o projeto de lei elaborado pela Câmara com diversas alterações, para substituir o decreto, passar pela Câmara, será vetado porque é inconstitucional. A afirmação que foi confirmada em decisão da Justiça publicada ontem. Se é assim, tem que fazer a quem é de direito, e logo! Essa disputa pra saber de quem é a competência, só está inviabilizando o trabalho de quem tem família para sustentar. Tudo que envolve Prefeitura e Câmara tem esse lenga-lenga cansativo e que trava a cidade.

 Absurdo

Este PB repudia qualquer caso de agressão aos profissionais da imprensa que estão apenas fazendo seu trabalho e presta solidariedade aos colegas da TV Alterosa agredidos de forma covarde na última terça-feira em Itaúna. O repórter cinematográfico Reginaldo Dias foi jogado ao chão, quase atingido por uma pedrada por apenas exercer a sua função.  Lamentável e inadmissível.

Até onde?

Apesar de ser um episódio para esquecer e nada justificar, agressões a jornalistas deixaram de ser raridade. No entanto, em muitos casos, na ânsia de capturar imagens chocantes, a gente vê repórteres passando do limite da humanidade. Quem não se lembra da repórter que, durante o enterro do cantor Cristiano Araújo, tentou entrevistar o pai dele? Ou, mais recente, uma jornalista que foi para a porta da escola de Suzano logo após o massacre, entrevistar os pais que estavam desesperados e ainda em choque? O que não justifica o ato truculento de pessoas desprovidas de educação, gentileza e, principalmente, amor ao próximo.

Repúdio seletivo

Nestes casos foi comum ver uma comoção do público revoltado. Mas, quando se trata de anônimos, a gente vê esse tipo de situação virar “meme”, como a situação da repórter que foi gravar na porta de uma casa e levou um banho d'água fria. Incrível como tem tanta gente que sente prazer em ver o sofrimento ou momentos delicados do outro. E o pior: sai republicando, como se tivesse um troféu nas mãos. Até onde vai essa liberdade desacerbada para quem não tem um pingo de senso? Desse jeito, não precisa armas, o telefone consegue ser pior até do que uma escopeta.   

Delicadeza

Situações desta natureza, cada vez mais comuns, mostram a necessidade de se ter mais sensibilidade no jornalismo para entender que, em um momento de dor, as pessoas ficam irracionais e o resultado pode ser catastrófico. A informação é importante, no entanto, a humanidade está na frente. Um dia é pedrada, no outro pode ser um tiro. É preciso se pensar seriamente nisso.

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