Um ano de olimpíadas: restou a conta a pagar

José Carlos de Oliveira

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Na realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a promessa era de que a realização das Olimpíadas em terras brasileiras seria o maior evento do mundo e deixaria um grande legado para a população. A boca pequena, o que se dizia era que o povão (que afinal foi quem pagou a conta) seria o maior beneficiado, seria ele a usufruir de tudo que foi feito e investido para tornar aquele sonho mirabolante uma realidade.

Pois bem: hoje faz exatamente um ano que os jogos foram realizados no Brasil e o que restou de tudo aquilo foi a conta a pagar. O tal de legado ficou só na conversa.

O evento, que custou bilhões de dólares aos cofres públicos e deveria ser um marco na história do esporte no país, difundindo os aspectos culturais e fortalecendo a imagem do Brasil, no entanto, não deixou marcas permanentes no imaginário popular, seja aqui ou acola.

E olha que esta não é apenas uma piada do povão, e muito menos choradeira de meia dúzia de insatisfeitos, é tão somente a dura realidade nua e crua. Não sou eu que digo isso, não. É fato comprovado e abalizado por muita gente pelo mundo afora.

Pelo menos essa é a conclusão a que chegou um estudo inédito realizado pelo Institute of Cultural Capital, instituição ligada à Universidade de Liverpool, em parceria com a Escola de Comunicações e Artes da USP e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) com o apoio do Newton Fund, agência de fomento à pesquisa em humanidades e ciências sociais do governo britânico.

Das promessas que fizeram para o povo, nada restou. Nem em obras, nem em mobilidade urbana, nem em esporte e nem em cultura. O que sobrou para o povão foi a decepção, a frustração e a conta a pagar.

 

Da Olimpíada só sobrou a propaganda e a frustração (FOTO: Divulgação)

 

 

MANGUEIRAS BRASIL

 

Domingo de decisão

 

Para quem gosta de emoção, a pedida da semana é dar uma passadinha neste domingo, logo pela manhã, no estádio Mendes Mourão, campo do Flamengo, na beira da linha, para acompanhar de perto as duas finais do Campeonato da Cidade, nas categorias de juniores e juvenis.

Na preliminar da rodada dupla, às 8h30, jogam pela categoria Sub-17 as equipes do Padre Eustáquio e do Tupy, de Carmo do Cajuru. Logo em seguida, no jogo de fundo, o Tupy volta a campo com seu time Sub-20, desta feita para fazer a final dos juniores contra a equipe do Projeto Esportivo Candelária (PEC).

Será uma rodada que promete ser de emoção e bom futebol do início ao fim. Parabéns aos dirigentes da Liga Municipal de Desportos de Divinópolis (LMDD), que lutando contra tudo e contra todos, e principalmente, contra os “do contra”, aqueles que torcem sempre para dar algo errado simplesmente para ter o que falar. Levaram até o fim as duas competições. Com falhas, sim, não há como negar essa realidade. Mas os torneios foram realizados e chegam ao seu término mostrando muito de positivo. Afinal, foram promovidos por pessoas que buscaram fazer sempre o melhor pelo esporte em Divinópolis. E não poderia ser diferente. Essa deveria ser a posição de todos que amam realmente o futebol da cidade. Em vez de apontar o dedo e criticar, a hora é de dar soluções e mostrar o caminho. Se não for para apoiar, pelo menos que não atrapalhem. Para jogar para baixo, tem gente sobrando em toda parte. E a hora não é para isso.

 

PEC é time a ser batido

 

Por falar em Campeonato da Cidade, não podemos deixar de enaltecer o trabalho desenvolvido por Amauri Reis, PEC. Lutando praticamente sozinho, sem apoio nenhum, ele mantém vivo o futebol numa região da cidade onde o futebol ainda é a única arma para afastar nossos jovens dos vícios da vida moderna.

Aos trancos e barrancos, Amauri consegue o impossível, e só o fato de levar o time a mais uma final, o torna mais do que vencedor. Mesmo que o título fique pelo caminho, ele e todo o grupo do Candelária já são vencedores, são campeões da luta pela vida e por um mundo melhor...

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