Um ano após tragédia, Prefeitura inicia intervenções no Cemitério da Paz

Obras marcam remoção dos restos mortais soterrados durante desmoronamento

Da Redação

Em 30 de janeiro do ano passado, cerca de 30 jazigos do Cemitério da Paz foram atingidos pelo desmoronamento em uma obra na avenida Paraná, esquina com rua Goiás. Desde então, entre reuniões e protestos, os familiares das vítimas aguardam uma solução. O tema tem sido discutido pela atual Administração que ontem publicou um decreto autorizando intervenções no local para dar início ao resgate dos restos mortais soterrados.

Decreto

Conforme a publicação de ontem no Diário Oficial, desde a última sexta-feira, 5, estão autorizados os serviços e obras necessárias ao processo de “resgate dos restos mortais soterrados após deslizamento de maciço ocorrido no dia 31 de janeiro de 2020 no Cemitério da Paz”. O primeiro passo é a execução do projeto de contenção provisória.

Caso seja identificada a necessidade, os agentes municipais possuem permissão para “a exumação nos jazigos localizados na área delimitada, para a intervenção destinada à implantação da contenção provisória”.

— (...) com imediato ressepultamento temporário, a cargo dos empresários/proprietários do terreno limítrofe ao cemitério, no qual houve início de obra particular causadora do deslizamento — garante o texto.

O cronograma do andamento das intervenções deverá ser atualizado a cada 15 dias, destacando em qual fase o processo está.

— Os serviços e obras necessários à reconstrução de cada sepultura, assim como as despesas correspondentes, ficarão a cargo exclusivo dos empresários/proprietários do imóvel limítrofe ao cemitério — destaca a Prefeitura.

Caso

Na época, o Executivo explicou que deslizamento ocorreu na noite do dia 31, “poucas horas depois de a obra ter sido interditada pelo próprio Município” pela falta de projeto arquitetônico aprovado na etapa em que se encontrava. O cemitério foi fechado. A primeira atitude foi acionar os agentes de segurança pública para avaliação dos riscos de novos desmoronamentos.

Na sequência, a Prefeitura determinou a exumação dos túmulos próximos à estrutura que cedeu. Eles foram encaminhados ao Cemitério Parque da Colina.

Nova Administração

Em reunião no dia 22 de janeiro deste ano, a atual gestão voltou a discutir o tema para deliberar os novos passos.

— A atual gestão percebeu a necessidade de alterações pontuais no cronograma, para agilizar a solução, bem como resguardar que as obras sejam executadas com segurança e dentro dos prazos apresentados — afirmou.

Segundo análise técnica, será necessária a retirada de 43 túmulos do local. 

— Deve ser apresentada uma proposta de local adequado para guardar os restos mortais e aprovação, em caráter urgência, do projeto de intervenção. Antes de fazer novas exumações, necessárias para o início das obras, um profissional da assistência social fará contato com os familiares — finalizou.

 

 

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