Tite resgatou a confiança do torcedor

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira  

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Há pouco mais de um ano, a verdade do futebol brasileiro era a de que um novo desastre se avizinhava, um novo vexame dos 7 a 1 batia às portas do escrete canarinho. As probabilidades eram cada vez mais claras de o Brasil, pela primeira vez em sua história, ficar fora de uma Copa do Mundo. Os números eram claros e os riscos enormes. A seleção caminhava sim para um desastre anunciado. 

Era Dunga  

Com o Dunga no comando, esta seria a nossa sina: o Brasil ficaria fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez em sua história. O tal de ‘Dunguinha paz e amor’ e toda sua ‘curriola de puxa sacos seguidores’, não serviam e nem servem para comandar nem time de várzea, o que dirá então de uma seleção penta campeã do mundo. Pois bem, meteram o pé na bunda do dito cujo, e as coisas entraram nos trilhos. 

Chegada de Tite 

 Com a contratação do gaúcho Tite o time voltou a mostrar um pouco do futebol que tem, os jogadores se entenderam em campo e os resultados começaram a fluir como água. Não, ainda não jogamos o melhor futebol do mundo, mas o time tem sim um comandante que sabe o que quer e como fazer o time render.   

Números não mentem 

E são os números que atestam esta verdade. E contra números, não há argumentos. Sob o comando de Tite, o Brasil fechou as eliminatórias de forma invicta, carimbando seu passaporte para a Rússia com rodadas de antecedência. Em 12 jogos sob o comando do treinador, a Seleção pulou da sexta para a primeira posição na tabela, com dez vitórias e dois empates. Foram 32 pontos ganhos, 30 gols marcados e apenas três sofridos. O vice-líder Uruguai, em 18 jogos, conquistou 31 pontos. Querer mais do que isto, seria pedir demais? 

Acredito que não 

Não, não é pedir demais. Para voltar a ser novamente o Brasil que todos conhecemos e sonhamos, o escrete nacional terá que fazer bem mais daqui para frente. Terá que vencer e convencer, jogando e dando show de bola. Nada que não seja isso, interessa. Fazer o que fez Parreira no Tetra em 1994, jogar apenas pelo resultado, não é e nem nunca será a realidade brasileira. 

Queremos bem mais 

A verdade nos mostra que ainda temos sim alguns dos melhores jogadores do mundo, e é nossa obrigação estar sempre entre os primeiros. Se vai ou não ser campeão não interessa, o que importa é o Brasil voltar a jogar como Brasil. O resto é conversa para boi dormir. 

MANGUEIRAS BRASIL  

América perto da elite  

Não, o América não será o campeão da Série B. Seu time não tem como tirar o título do Internacional, que tem mais elenco e condições financeiras e técnicas para levantar a taça, mas é sim bom o bastante para garantir um lugar entre os quatro primeiros ao final das 38 rodadas. 

 Tem que ter fé 

Hoje ocupando a segunda posição na tabela, o Coelho tem 51 pontos ganhos e está quatro pontos à frente do Oeste, que é o 5º colocado. Faltando ainda dez jogos a serem disputados, sendo cinco destes como mandante, o time americano tem é que manter a pegada, ter fé e não deixar a ‘peteca cair’. Rendendo o mesmo que fez até aqui, o time sobe para elite, sem sustos. 

 Mas sem oba-oba 

 Como ninguém vence de véspera, a receita para os americanos é ser humilde sempre, jogar toda partida como se fosse uma decisão e deixar para comemorar apenas no final, quando já tiver assegurado uma vaga entre os quatro primeiros. Simples assim. 

 É preciso bem mais 

 E que não se enganem os americanos. A realidade da Série A em 2018 é sim cada vez mais palpável, mas para não repetir o efeito ioiô, do sobe e desce, o Coelho precisará bem mais para os próximos anos. Com este elenco apenas não irá a lugar algum. E começar, agora, a projetar o futuro é mais que uma obrigação, é um dever da diretoria americana.  

 Pensar grande 

 

Com o acesso cada vez mais perto, os dirigentes americanos já podem é começar a pensar como time de Série A, e pautar suas ações com este pensamento. O que serve para hoje, não é o suficiente para o ano que vem. Esta é a única e grande verdade! 

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