Tirando a força da fraqueza

Israel Leocádio 

MAIS QUE PALAVRAS

“TIRANDO FORÇA DA FRAQUEZA”

 

Olá! Como vai? Tenho pensado sobre a verdadeira força humana e a verdadeira fraqueza. Quem realmente é forte? Quem disfarça bem sua fraqueza? Quem realmente tem esta resposta? A maioria das pessoas admira os fortes, mas não sabe bem como se tornar igual a eles. As frases de grandes pensadores engrandecem a força e menosprezam a fraqueza. Filósofos destilam sua sabedoria em frases belas sobre a força dos fortes. Sempre que leio frases feitas por esses admiráveis e respeitados observadores da vida, sinto desejo de ser forte. Mas reparei algo: é que os admiradores dos fortes, os comentaristas da força dos grandes, não mostram o caminho para alcançar a força. Não viram ou desconhecem o caminho que os fortes trilham.

Também sou observador da vida. Também coleciono imagens e histórias. Também admiro os fortes. Por isso, busquei ver o caminho que trilham. Seguindo as pegadas dos fortes acredito ter encontrado (até onde pude segui-las) a origem da sua força. Confesso, fiquei intrigado! Pois a força dos fortes nasce da sua fraqueza. É isso mesmo! O ponto de partida é a própria dor, adversidade, debilidade... Enfim, fraqueza. E isso é confirmado na Bíblia, em algumas passagens, como: “...quando estou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12;10). Não posso discordar da Bíblia, pois o que vejo é exatamente isso! Vejo os fracos recorrendo a Deus e tornando-se fortes. Vejo os que se acham fortes lutando com a própria força do seu braço e sucumbindo.

Nem sempre aquele a quem atribuímos força é forte. Nem sempre aquele que reputamos fraco é o que imaginamos. Acredito que nossos olhos nos enganam! Convido-o para uma viagem imaginária: quero levá-lo ao dia da crucificação de Jesus. Vamos lá: o que vemos ao fechar os olhos? Um homem frágil, humilhado, ferido, desrespeitado, rejeitado pelos seus. Enfim, um homem fraco! Mas... No meio do caminho da crucificação, um dos observadores (chamado Simão) é obrigado a carregar um pouco a cruz de Jesus. Sem opções, Simão toma o lugar do homem frágil (reclamando e murmurando) e carrega por algumas quadras. Agora, pense! Enquanto Simão era o observador, Jesus era um homem frágil... Quando Simão assume o lugar de Jesus, ele percebe que ele próprio (Simão) era fraco. Percebe o peso da cruz, a dor da humilhação, a dor da exposição pública, a vergonha. Então, Simão se queixa e murmura. Porém, Jesus foi em silêncio. Então, aprendo que os fortes nem sempre parecem ser. Aprendo que os fortes são aqueles que encontram força em meio à fraqueza, humilhação, tristeza, solidão, enfermidade, ao abandono (entre outros).

Fortes são aqueles que enfrentam uma doença terminal com fé. E dizem aos familiares para não se preocuparem, porque tudo vai bem. Fortes são os que vão para o trabalho sem uma só refeição, trabalham o dia inteiro e voltam ao trabalho no dia seguinte, porque carregam o peso da responsabilidade. Fortes são os que sobrevivem nos ambientes mais nocivos e perigosos. Por não terem opção, lutam todos os dias (com ou sem pandemia). Os fortes nem sempre são vistos. Nem sempre são lembrados. Nem sempre são reconhecidos. Contudo, vivem o hoje com esperança e olham para o passado com gratidão. 

Enfim, os fortes são aqueles que da fraqueza tiram força. Da experiência negativa criam projetos. Da história de vida tiram lições. São pessoas que deixam legado e nem sempre herança. Destes, repito a citação bíblica: são “homens dos quais o mundo não era digno” (Hebreus 11.38). Quero motivá-lo a transformar-se em uma pessoa forte. Assuma três posições básicas: (1) creia em Deus; (2) acredite na vida e (3) não olhe as circunstâncias, seja maior que elas. Tire forças da fraqueza (Hebreus 1.34).

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