Telefonia, internet e TV lideram queixas dos consumidores em Divinópolis

 

Ricardo Welbert 

Empresas do ramo das telecomunicações (telefonia, internet e TV a cabo) são as responsáveis pela maioria das queixas feitas ao Programa do Consumidor (Procon) de Divinópolis. Segundo o órgão municipal, em segundo lugar estão os impasses referentes a empréstimos e cartões de crédito, seguidos pelos casos que envolvem entregas de mercadorias.

Essa realidade teve reflexo ontem durante um mutirão de orientação jurídica realizado em parceria entre Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Prefeitura de Divinópolis e Associação dos Advogados do Centro-Oeste (AACO) no quarteirão fechado da rua São Paulo, no Centro. A ação marcou o Dia Internacional de Trânsito. Cerca de 200 pessoas foram atendidas de graça das 9h às 13h.

De acordo com o gerente do Procon Municipal, Ulisses Damas Couto, os casos mais comuns são aqueles nos quais a prestadora do serviço vende um pacote com determinadas características, mas não o entrega totalmente.

— A maioria esmagadora dessas reclamações são demandas individuais. Uma das orientações que demos foi a de que a pessoa procure o Procon para formalizar a queixa — explica.

Até as 16h de ontem, três pessoas que passaram pela tenda montada para os atendimentos na rua São Paulo compareceram ao escritório do Procon, que fica no prédio da Prefeitura à rua Pernambuco, 9º andar, no Centro.

Compreensão 

Arnaldo de Andrade, oficial do MPMG, explica que a ação teve outro efeito além do encaminhamento de consumidores aos órgãos responsáveis pelo recebimento, avaliação e processamento de suas demandas. Teve também finalidade educativa.

— Muita gente não sabia diferenciar o que cabe ao serviço de defesa ao consumidor municipal e o que cabe ao estadual. Por ter sido um serviço de orientação jurídica gratuito e oferecido em um local de grande movimentação, muita gente pode ser informada sobre detalhes que normalmente não procurariam saber — pontua.

Causas individuais, como o não recebimento de um pacote de telefonia por um único consumidor, são exemplos de dilemas que cabem ao Procon. Fatos ligados ao consumo e que afetem uma quantidade maior de pessoas, como a falta de serviços essenciais por longos períodos, por exemplo, cabem à Promotoria.

Próxima edição 

As entidades envolvidas já pensam em formas de firmar novas parcerias para orientar consumidores.

— Sentimos que deu muito certo e já estamos planejando algo mais abrangente, com foco educativo, para que mais consumidores saibam de seus direitos e onde procurar por eles. A sociedade precisa de mais informação para não ser vítima de problemas relacionados às relações de consumo — conclui Andrade.

 

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