Suporte de R$ 9,8 milhões para a Secretaria de Saúde é analisado

Diretor da Semusa ouviu dúvidas e foi cobrado em relação à clareza das informações

 

 

Ricardo Welbert

 O projeto de lei 032/17 da Câmara de Divinópolis, que trata da suplementação de crédito adicional no montante de R$ 9,9 milhões e foi lido na reunião ordinária de terça-feira, 19, foi tema de uma reunião ontem entre vereadores e Carlos Bruno Guimarães Carvalho de Azevedo, diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). O objetivo foi esclarecer dúvidas. Os vereadores pediram mais clareza nos dados.

A vereadora Janete Aparecida (PSD) questionou lançamentos de rubricas do Hospital São João de Deus (HSJD) ao orçamento.

O vereador Dr. Delano (PMDB), que é médico, não participou. A ausência dele foi criticada por Kaboja (PSD).

O representante da Semusa disse que metade do pagamento de julho do Município à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ainda não havia sido paga.

— Esse dinheiro que está passando a mais para o São João de Deus está fazendo falta na UPA — comentou.

Sobre a falta de medicamentos, ele disse que até o mês de setembro já foram gastos quase R$ 6 milhões em medicamentos.

— Quando faltam remédios na farmacinha, em muitos casos é porque a empresa não entregou. Quando isso acontece ela é notificada e leva advertência. Também ocorrem casos em que o Município atrasa pagamentos e, por causa disso, os as empresas fornecedoras dos remédios ficam segurando a entrega — explicou.

— Ainda segundo Carlos Bruno, muitas dessas empresas fornecedoras de medicamentos quebraram por causa de calotes do Estado e dos municípios.

— Muitas delas ganharam licitações para fornecer para nós, mas elas estão quebradas. Quando isso acontece, às vezes é preciso fazer outra licitação e isso demora um pouco — acrescentou Carlos Bruno.

Zé Luiz da Farmácia (PMN) relatou casos de empresas de medicamentos que se comprometeram a fornecer ao Município, mas não o fizeram. Ele se colocou à disposição para, como farmacêutico, participar de processos licitatórios referentes ao fornecimento de medicamentos.

— Gostaria que houvesse, por parte da Semusa, prestações de contas daquilo que já foi votado para a compra de medicamentos, explicando em detalhes o que foi gasto, o que sobrou e o que será feito com esse resto — disse ele.

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Janete pediu à Prefeitura que sempre informe à Câmara sobre as licitações que serão abertas na área.

A vereadora disse que o número de empresas que participa dessas licitações é sempre muito pequeno e que quando elas entram, seus fluxos de caixa não são analisados.

— Tem muita empresa pé de chinelo ganhando licitação — comentou.

Edson Sousa (PMDB) pediu clareza na prestação de contas públicas da saúde em Divinópolis.

— O que os vereadores querem é que essas explicações saiam da linguagem contábil, do economês, e passem a ser transmitidas de forma mais clara — comentou, acrescentando que muitos vereadores votam dotações orçamentárias sem entenderem nada do que consta no texto, por causa da grande quantidade de expressões jurídicas. Ele pediu que a Semusa produza relatórios mais claros, em linguagem coloquial e traçando paralelo com prestações de contas, para se evitar dúvidas.

Carlos Bruno concordou e finalizou acrescentando que todas as demandas apresentadas pelos vereadores seriam repassadas ao prefeito Galileu (PMDB), com orientações sobre como proceder para atendê-las.

 

 

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