Superlotação carcerária do Floramar é lembrada na volta das reuniões

 

Maria Tereza Oliveira

Com clima mais ameno, após recesso de quase um mês, as reuniões ordinárias voltaram ontem. Sem projetos a serem votados, um dos temas tratados no primeiro encontro foi a da ampliação do presídio Floramar – promessa antiga de governos passados. Quem tocou no assunto foi o vereador Roger Viegas (Pros). Conforme o parlamentar lembrou, o presídio nunca recebeu uma pintura após sua inauguração e, atualmente, atua com quase o triplo de detentos de sua capacidade máxima.

Conforme relatou em seu pronunciamento na Tribuna Livre, o parlamentar recebeu ontem, na Câmara, o diretor-administrativo Flávio Henrique.

Roger destacou a visita que o presídio recebeu na semana passada do secretário de estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Mário Lúcio Alves de Araújo, e salientou a importância do Legislativo cobrar e buscar recursos para a pasta.

Visita

O presídio Floramar e o Centro Socioeducativo receberam, na sexta-feira, 26, a visita do secretário. De acordo com Mário Lúcio, o trabalho é feito para avaliar a estrutura e as necessidades das unidades prisionais do estado.

— Precisamos lidar muito bem com a população prisional e os jovens infratores. Desta forma buscamos devolvê-los melhor do que entraram nas nossas estruturas. Tantos os jovens quanto aqueles que praticam o desvio de conduta — revelou.

O secretário informou que vai retornar à cidade daqui a 40 dias e que espera que o local seja pintado – ou pelo menos que já tenha começado – na segunda visita.

3x mais

Não é novidade que a população carcerária é um problema no país inteiro. Em Divinópolis não é diferente. Conforme salientou Roger, atualmente, há 780 detentos no presídio Floramar. A capacidade máxima da instituição é 277, ou seja, hoje o presídio trabalha com quase o triplo do recomendado.

O resultado de tanta gente amontoada em um espaço pequeno é o registro espancamentos e até mortes.

Após a sua inauguração o presídio já recebeu alguns “puxadinhos” para comportar mais detentos. É uma crise de segurança que se vê em todo o país. Lamentavelmente na última segunda-feira, 29, teve mais uma rebelião no estado do Pará onde foram mortos 50 presos. Cobrar é responsabilidade também desta Casa e do Poder Público e buscar soluções — pediu.

Pintura

O presídio nunca foi pintado desde sua inauguração em 1998. Durante a visita do secretário foi dada a ordem para a pintura do Floramar.

— Recebi, através de ofício, que o presídio precisa de no mínimo 100 latas de tinta látex de 18 litros cada — enumerou Roger.

Prazo esgotado

Há tempos a população sonha com a ampliação do presídio Floramar. A promessa era que a obra fosse entregue no final de 2015. Posteriormente, o prazo foi prorrogado para o início de 2016. Porém, após quatro anos, a situação segue praticamente inalterada.

A ampliação começou em maio de 2014, mas, de lá para cá, foram muitas idas e vindas, que incluem paradas, retomadas e mudanças na data de entrega.

 

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