Superintendente do Diviprev tem afastamento prorrogado

Maria Tereza Oliveira

O afastamento da superintendente do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Divinópolis (Diviprev), Rejane Alves Campos de Souza, foi prorrogado mais uma vez. Foi divulgado no Diário Oficial desta sexta, 9, que a suspensão foi adiada por mais 90 dias. Afastada e remunerada desde fevereiro, Rejane, durante este período em que não exerceu suas funções, custou aos cofres públicos mais de R$ 108,5 mil. Isso porque o salário bruto dela varia entre R$ 20 mil e R$ 22 mil, e o líquido, R$ 15 mil e R$ 16 mil.

Investigação

Rejane está afastada do cargo desde o dia 5 de fevereiro, quando o Ministério Público (MP) deflagrou uma operação no Instituto. Durante a operação, o MP cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Divinópolis, Nova Lima, Belo Horizonte e Santa Luzia, e a ordem de afastamento da superintendente.

A ação teve com o intuito de combater fraudes a procedimentos licitatórios destinados à contratação de empresas para executar serviços de assessoria jurídica ao Diviprev.

A operação do MP apurava possíveis fraudes no instituto. De acordo com o órgão, há indícios de ilegalidade em processos licitatórios na contratação de empresas para executar serviços de assessoria jurídica ao Diviprev.

Apesar de a ação ter sido deflagrada somente em fevereiro deste ano, as investigações começaram em julho de 2018, com a instauração do Inquérito Civil.

Em 13 de fevereiro daquele ano, a investigação teve início com o objetivo de apurar suposto pagamento de gratificações de produção e qualidade no Diviprev. De acordo com o MP, as gratificações teriam sido feitas, em tese, aos procuradores Eduardo Rodrigues Rabelo e Silvia de Fátima da Silva, e à contadora Aparecida Lúcia Martins Ferreira.

Gorda remuneração

Conforme o portal da transparência, o salário da servidora afastada varia de mês a mês. Em março, por exemplo, o salário bruto de Rejane foi de R$ 22.472,70, sendo o líquido de R$ 16.640,39. Já em abril a quantia foi um pouco maior, sendo o bruto de R$ 22.488,70 e o líquido, R$ 16.656,39. No mês seguinte, maio, o salário bruto da superintendente foi de R$ 20.695,66 e líquido no valor de R$ 15.440,15. Em junho a quantia do salário bruto foi de R$ 21.461,50 e o líquido, R$ 15.924,86. No mês passado, o valor bruto foi de R$ 21.461,50 e o líquido, R$ 15.924,86.

Ou seja, em cinco meses, Rejane representou uma despesa de R$ 108.580,50 aos cofres públicos, mesmo estando afastada.

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