Somos todos iguais

João Paulo Batista

Conforme dicção do art. 5º da Constituição Federal, todos somos iguais perante a lei e, assim sendo, eu, advogado, bem como todos os meus colegas de profissão, não somos melhores que qualquer outra pessoa, mas também não somos piores, somos exatamente iguais em direitos e deveres.

Portanto, devemos tratar bem a todas as pessoas como esperamos ser tratados, e em todas as relações pessoais e profissionais, sejam elas com o médico, o zelador, o engenheiro, o faxineiro, o juiz, o gari, o promotor, o delegado, o servidor público etc. Trata-se não somente de educação, mas ainda de preceito cristão que sugere “façamos aos outros o que desejamos nos seja feito”.

Nestas quase duas décadas advogando, percebi que vários dos problemas enfrentados por nós, advogados e advogadas, têm sua gênese na ausência da observância destes ditames, um legal e o outro moral, criando dificuldades desnecessárias, tornando nosso fardo profissional ainda mais pesado, o que culmina por atingir a ponta do fio, que é a parte a qual representamos, e as consequências deságuam no cidadão comum, que espera e deveria ter uma eficiente performance do Estado.

Não podemos esquecer que, nós operadores do direito, advogados, juízes, promotores, delegados, e demais servidores públicos, estamos todos do mesmo lado, ou seja, o lado do que é justo e certo e, assim, cada qual em sua área de atuação, como partes integrantes de uma grande engrenagem, cujo objetivo e produto final é a consecução da Justiça.

Imperioso que possamos interagir com urbanidade e cortesia, buscando sempre um relacionamento mais harmônico possível, mesmo no contencioso, no debate processual, e, ao invés da mera disputa, muitas vezes arrimada em desmedida vaidade e orgulho, que possamos juntos obter o bem-estar social e a tão almejada justiça, cumprindo, assim, a nossa cota para uma sociedade melhor e um Brasil melhor.

Inserto nesta ótica, concordo com o grande maestro Burt Bacharach, que em uma de suas mágicas composições fala: “what the world needs now is Love, sweet love” (o que o mundo precisa agora é de amor, doce amor).

 

 

João Paulo Batista - Procurador Regional de Prerrogativas da OAB/MG.

Advogado - OAB/MG - 96.062

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