Sobrará alguém?

Está difícil ter orgulho de ser brasileiro. Dos três últimos presidentes do país, dois estão presos e uma impitimada. Lula (PT) está preso há quase um ano, Dilma Rousseff, do mesmo partido, caiu faltando dois anos para terminar seu mandato. E não é que ontem, o ex-presidente, que justamente ocupou o seu lugar, Michel Temer (MDB), foi preso?! A expectativa é: quem será o próximo? Tem muita gente no meio com acusações iguais ou piores do que as de Temer. Agora, finalmente, a fila parece começar a andar.

Acabou o foro?

Sim, senhor Michel Temer. Vivendo no país da impunidade, certamente achou que se livraria das garras da Justiça Federal. Ô, coitado! O ex-presidente foi preso ontem pela manhã após determinação da Lava Jato no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável em mandar prender os principais políticos do Rio de Janeiro.  Michel Temer responde a dez inquéritos, dos quais cinco tramitaram no Supremo Tribunal Federal (STF) por terem sido quando o emedebista era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo e perdeu o foro. E agora, Marcela?

Levou junto

E Temer não foi sozinho. Levou junto o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Tudo começou no ano passado, quando Lúcio Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.

Crítica e inocência

O MDB divulgou nota logo depois da prisão para criticar a prisão do ex-presidente.  Diz que lamenta a postura ‘açodada’ da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente e do ex-ministro. Afirma esperar que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa.

Na Câmara

Em Divinópolis há nomes importantes da legenda: o prefeito Galileu Machado, além de três vereadores na Câmara, Edson Sousa, que já ameaçou sair do partido várias vezes, o ex-presidente da Casa, Adair Otaviano, e o vereador mais bem votado da legenda, Dr. Delano.  Por isso, o assunto não deixou de ser repercutido na Casa na reunião de ontem, nos corredores e em diversas rodas de conversas pela cidade. O que não foi diferente quando o ex-presidente Lula foi preso. Afinal, em todos os municípios há representantes dos partidos centrados em Brasília.

Está mudando

É o que acha o senador Major Olímpio (SP), líder do PSL no Senado, sobre as prisões. O político disse em vídeo gravado e divulgado por sua assessoria de imprensa que se trata de um indicativo de que "o Brasil está mudando". Na avaliação do senador, é preciso passar o País a limpo. O senador está correto, mas, para isso, é preciso chover mais de uma semana em Itapecerica para passar muita água debaixo das pontes da cidade. A começar pela atual gestão nacional que até agora só usou o gogó.

Para todos

A prisão tem e deve ser para todos que surrupiaram os cofres públicos, causando mortes nas portas dos hospitais, deixando nossas crianças fora da escola, deixaram de pagar os salários em dia e deixaram muitos elefantes brancos país afora. Não interessa se é ex-presidente, ministro, senador, deputado, governador, prefeito, vereador ou membro da justiça. Aprontou, que aguente as consequências e pare de chorar alegando inocência com cara de bandido.

Só faltou...

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já voltou para o Brasil, mas ninguém vai esquecer o festival de bajulação mostrado em sua visita aos Estados Unidos. Só faltou beijar a mão de Donald Trump. Fez muita gente lembrar do slogan usado pelo presidente em sua campanha à Presidência, mas com um pequena alteração: “Brasil acima de tudo, Trump acima de todos”!

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