Sintram oficializa gestão municipal sobre assédio moral e cobra providências

Pollyanna Martins

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e da Região Centro-Oeste de Minas Gerais (Sinram) oficializou o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) e a vice-prefeita Janete Aparecida (PSC) sobre condutas inadequadas e intimidatórias adotadas por chefias, no Executivo Municipal. Segundo o sindicato, a atual gestão foi oficializada após servidores denunciarem o assédio moral que vêm sofrendo na Prefeitura.

Em nota, o Sintram afirmou que solicitou providências ao prefeito e a vice, para garantir o cumprimento da legislação, e adoção de medidas para prevenir e combater tais condutas. No ofício, o sindicato reforçou que as denúncias são graves e que o comportamento adotado por alguns chefes vem causando “intimidação e constrangimento aos servidores, podendo, a vir a caracterizar até mesmo o assédio moral, o que não poderá ser admitido”.

— Também no documento, o sindicato cita inclusive que a diretoria chegou a presenciar a prática de conduta intimidatória a servidores – enfatiza.

No documento protocolado nessa quinta-feira, 4, ao prefeito, e entregue em mãos para Janete, o Sindicato ressaltou que o início de uma gestão municipal é complexa, e exige imenso esforço, seriedade e apresenta inúmeros desafios, estando assim sujeita a erros e acertos. No entanto, o Sintram destacou que tais condutas são inadmissíveis, e alertou que a repetição das mesmas caracteriza assédio moral, conforme Lei Municipal Nº 5.534.

— O sindicato pediu providências ao prefeito e a vice, destacando ser necessária a implantação de medidas junto às chefias de modo a evitar e cessar essas condutas irregulares, exigindo o cumprimento da legislação municipal e trato respeitoso junto aos servidores subordinados – informa.

Campanha

Na nota, o Sintram relembrou as promessas e falas de Gleidson e Janete durante a campanha eleitoral. Entre os pontos de destacados na entrevista,  Azevedo garantiu que em sua gestão buscaria a valorização do servidor público, prometeu que não haveria perseguição política e que pretendia ter diálogo transparente com a classe.

— A gente vai mostrar o que a gente consegue fazer, e o que a gente não consegue fazer. Vocês (servidores) podem ficar tranqüilos, que quem vai tomar conta é o servidor público, porque com certeza se eu for eleito, daqui a quatro anos eu vou embora e quem continua na Prefeitura, com no coração batendo firme lá, são os servidores públicos, e são eles que têm que ser valorizados – disse.

Por sua vez, Janete frisou que era preciso entender que cargos de “chefia/liderança são passageiros” e ser chefe de alguém não dava o direito de maltratar, coagir e inibir as pessoas. A vice-prefeita argumentou na época, que era preciso apurar a situação, porque muitas vezes algumas pessoas “ao serem chamadas a atenção”  já entendem que seja assédio moral.  

 

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