Sindicato denuncia que servidores da Saúde de Divinópolis estão recebendo máscaras inapropriadas para atividades

Da Redação

O Sintram recebeu ontem, 27, mais uma grave denúncia dos servidores relacionada ao fornecimento de EPIs pela Prefeitura de Divinópolis. 

— Além de estar racionando os EPIs, não entregando a quantidade necessária para o desempenho das tarefas, a Prefeitura de Divinópolis destinou aos servidores
dos postos de saúde máscaras inapropriadas, que não fornecem a devida proteção a esses profissionais, em um ambiente de trabalho de maior risco,
já que os locais são porta aberta aos pacientes — informou o sindicato.

O vice-presidente, Wellington Silva, esteve na manhã de ontem para verificar a situação juntos aos servidores, e constatou que a máscara fornecida é extremamente fina, assemelha a máscaras caseiras, ou seja, não adequada aos trabalhadores da saúde, que precisam de equipamentos próprios e específicos, já que estão na linha de frente no combate à pandemia.

— A situação é absurda, são profissionais que estão sendo expostos diariamente ao risco de contaminação, já que o posto de saúde é porta aberta aos pacientes e a Prefeitura entrega um material de trabalho como esse. Somado a isso, tivemos a irresponsabilidade da administração de abrir o comércio e determinar o retorno dos servidores ao trabalho? — questionou Wellington.

Providências

A presidente do Sintram, Luciana Santos, disse que enviará hoje, 28, ofício à Prefeitura de Divinópolis, relatando essa situação ao secretário de saúde, Amarildo Souza, e cobrando que máscaras cirúrgicas sejam entregues a todos os profissionais da saúde.

— Tivemos o afastamento de profissionais no Centro de Saúde do Planalto devido à contaminação pela covid-19 e será que isso não foi devido a essa falta de proteção? Fica a pergunta. Então é obrigação da Prefeitura dar condições básicas de trabalho aos nossos servidores. A Administração alega falta de equipamento no mercado, mas ela não pesou essa situação ao flexibilizar o isolamento, liberando o comércio e determinando o retorno dos servidores ao trabalho. Estamos assistindo mortes de profissionais da saúde em todo o Brasil, que a Prefeitura possa cumprir seu papel e providenciar com urgência esse material adequado aos nossos servidores — disse Luciana.

Álcool em gel

Também foi denunciado ao Sintram ontem que está faltando álcool em gel na Farmácia Central, especificamente no dispenser que fica ao lado do ponto biométrico, as bolsas não recebem reposição para a esterilização das mãos dos servidores. 

— Existe o dispenser, mas não há reposição da bolsa de álcool em gel (...). Então você coloca a mão no ponto biométrico (eventualmente) infecta a sua mão e não existe possibilidade de fazer a higiene imediata. Em outras palavras, por simples e mero descaso com o trabalhador, lotado na Farmácia Central (inclui-se todos os motoristas de veículos oficiais da Semusa, quase sempre  em contato com pacientes do SUS, que utilizam o transporte fora domicilio) transforma-se em vetores de
contágio — denunciou um trabalhador ao sindicato.

MP

A diretoria afirmou ainda que vai levar ao conhecimento do Ministério Público todas essas omissões da Prefeitura.

— Pedimos que os servidores continuem encaminhando as denúncias ao Sintram porque tudo isso será levado ao conhecimento da Justiça e do MP para as devidas providências contra o município, que está expondo a categoria ao risco de contágio — declarou Wellington Silva, vice-presidente.

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