Sindeess aciona Prefeitura e Santa Casa na Justiça

Da Redação

O Sindicato Profissional dos Enfermeiros e Empregados em Hospitais Casas de Saúde Duchistas e Massagistas de Divinópolis (Sindeess) acionou a Prefeitura e a Santa Casa de Formiga na Justiça. A Santa Casa deixou a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em 29 de setembro, e 204 funcionários contratados pela instituição não receberam seus acertos trabalhistas. Desde o dia 30, o sindicato tenta obter um posicionamento do hospital, mas, segundo o Sindeess, o representante da Santa Casa mandou que os trabalhadores procurassem seus direitos na Justiça.

Segundo a presidente do sindicato, Denísia Silva, cerca de 60 funcionários da UPA procuraram o Sindeess e assinaram uma procuração para que a Santa Casa e a Prefeitura fossem acionadas na Justiça.

— Nós entramos com essa “primeira leva”, mas ainda estamos recolhendo assinaturas, para quem tiver o interesse de acionar a Prefeitura e a Santa Casa na Justiça do Trabalho — explica.

Os trabalhadores foram convocados pela ex-gestora da UPA no dia 1º para assinarem seus acertos, mas o Sindeess orientou a classe a não assinar nenhum documento. Em nota, o sindicato disse querer “garantir o pagamento de salários, verbas rescisórias e os direitos trabalhistas não cumpridos pelo empregador”.

Salários

Diante da situação, a Prefeitura informou que pagaria os salários dos funcionários celetistas da unidade junto com os servidores, na última sexta-feira, 4. Quanto ao acerto trabalhista, o Executivo disse que ainda estava sendo negociado com a Santa Casa.

De acordo com Denísia, alguns funcionários da UPA procuraram o sindicato afirmando que não haviam recebido o salário, como prometido pela Prefeitura.

— Algumas pessoas nos procuraram, mostraram o extrato de suas contas zeradas e afirmaram que não tinham recebido seus salários — conta.

Recontratação

De acordo com a vereadora Janete Aparecida (PSD), membro da Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Ciência da Câmara, alguns trabalhadores da unidade foram contratados por mais 90 dias pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS), novo gestor da UPA. Segundo a parlamentar, a medida foi adotada para que o atendimento médico da UPA não fosse afetado.

— Eu acompanhei todo o processo, e tudo foi autorizado pela Promotoria. Os funcionários trabalharão na unidade por mais 90 dias, até que a Prefeitura elabore o processo seletivo para a contratação dos novos funcionários — explica.

De acordo com Janete, a Prefeitura tem agora 90 dias para elaborar um processo seletivo para a contratação de novos trabalhadores. Segundo o Sindeess, apesar da recontratação de alguns, o número de funcionários da unidade foi reduzido. Conforme informou Denísia, já chegaram denúncias de que a UPA estaria enfrentando um novo caos devido à redução no quadro de funcionários.

— Nós recebemos algumas fotos da situação em que a UPA se encontra. O IBDS reduziu o quadro de trabalhadores, e tem até mesmo enfermeiro coletando sangue para enviar ao laboratório, pois não há funcionários para fazer este trabalho — revela.

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