Servidores rejeitam greve, mas prefeito deve enfrentar primeiro pedido de impeachment

Pandemia foi fator determinante para evitar paralisação

Da Redação 

Os servidores municipais rejeitaram o início de uma greve em Divinópolis. Durante a assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e da Região Oeste (Sintram), na última sexta-feira, 23, os funcionários da Prefeitura levaram em consideração a pandemia de covid-19 e decidiram que este não é o momento para uma paralisação dos serviços públicos municipais. 

De acordo com o Sintram, apesar da rejeição, ficou definido que o indicativo de greve continua vigente, ou seja, uma nova votação pode ser convocada para que a categoria decida a respeito. Os servidores determinaram também a realização de um abaixo-assinado, a ser entregue ao Executivo demonstrando a insatisfação do funcionalismo municipal com a postura do prefeito, Gleidson Azevedo, e da vice-prefeita, Janete Aparecida. 

— Serão realizadas paralisações e carreatas com o objetivo de denunciar a indignação funcionalismo municipal com a postura do atual prefeito de negar o direito básico da categoria — informou o sindicato. 

Impeachment 

Desde o início deste ano, a classe reivindica a recomposição salarial de 5,2%, conforme previsto na Lei Municipal 8.083 (gatilho salarial), que tem como índice de correção das perdas salariais o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/Ipead/UFMG), porém o Executivo Municipal se mantém irredutível. 

Apesar de os servidores terem rejeitado o início de uma greve, o prefeito enfrentará o seu primeiro pedido de impeachment na Câmara. Durante a assembleia, a classe votou a favor do protocolo do pedido de afastamento. Segundo o Sintram, a solicitação será feita com base no descumprimento da lei do gatilho salarial. 

—  O sindicato sempre esteve e continua aberto ao diálogo e é preciso deixar bem claro que o que estamos pedindo é o cumprimento da lei, que o direito do trabalhador municipal seja pago devidamente pela Administração. Pedimos aos servidores que fiquem atentos às convocações do Sintram, porque essa luta é de todos os trabalhadores — disse o vice-presidente do sindicato, Wellington Silva.

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