Servidores de Divinópolis aprovam contraproposta salarial oferecida pela Prefeitura

Da Redação 

Os servidores de Divinópolis reuniram-se nesta quarta-feira, 11, em assembleia unificada convocada pelo Sintram e Sintemmd para apreciação da contraproposta salarial apresentada pela administração Galileu Machado frente à pauta de reivindicações do funcionalismo, definida em 4 de fevereiro. A maioria dos servidores presentes, no auditório do Sintram, aprovou a proposta do governo municipal. Com a aprovação, Sintram e Sintemmd vão oficiar nesta quinta-feira, 12, à Prefeitura Municipal de Divinópolis sobre o posicionamento da categoria. 

A proposta da Administração, aprovada pela assembleia, prevê o pagamento do gatilho salarial de 5,23% (IPCA/Fundação Ipead) parcelado em duas vezes, sendo a primeira parcela em março (2,615%) e a segunda em setembro (2,615%). Na próxima folha de pagamento dos servidores, que no caso é referente ao mês de março, além da primeira parcela do gatilho salarial, passará a vigorar o aumento de R$1,00 no vale-refeição, passando dos atuais R$8,00 para R$9,00. Ainda pela proposta, o prefeito Galileu Machado deverá enviar à Câmara Municipal projeto de lei, modificando o Estatuto dos Servidores (Lei Complementar, 9 /1992), passando o direito às férias prêmio de 10 para cinco anos. Ou seja, a cada cinco anos, três meses de férias. 

A assembleia foi conduzida pela presidente do Sintram, Luciana Santos, e pelo diretor do Sintemmd, Rodrigo Rodrigues. Os líderes sindicais comentaram como foi difícil a negociação travada com Administração para chegar a essa proposta. Explicaram que foram realizadas duas reuniões com a Administração para discutir a Campanha Salarial 2020. Na primeira, que ocorreu em 5 de março, os sindicalistas recusaram a levar para assembleia a proposta apresentada pelo Executivo, classificando-a como "inaceitável". A ideia dos representantes do Executivo, na primeira proposta, era a concessão do gatilho em duas parcelas, sendo 2% em março e 3,23% a partir de dezembro. Além disso, na primeira reunião de negociação, a secretária de Fazenda, Suzana Xavier, afirmou que não haveria nenhuma revisão no valor do vale alimentação, pois a Prefeitura não tinha disponibilidade de caixa para isso. Já na segunda rodada de negociação, que foi realizada na última
segunda-feira, 9, foram mais de cinco horas de discussão até chegar à proposta final, que foi apresentada na assembleia ontem.

Os sindicalistas deixaram claro essa dificuldade na negociação, mas frisaram que quem delibera sobre os rumos da negociação salarial é a categoria e que os sindicatos estavam unidos para executar o que os servidores decidisse, inclusive greve.

— Se assim decidir a assembleia, amanhã o caminhão da Nova Central, o amarelinho, estará aqui na cidade ou se quiserem operação tartaruga, vocês decidem — esclareceu a presidente do Sintram e secretária da Nova Central/MG, Luciana Santos. 

Comissão de Servidores

Os membros da Comissão de Servidores, que acompanharam os diretores do Sintram e Sintemmd na negociação, também usaram a fala na assembleia e disseram que foi uma verdadeira "queda de braço" para garantir uma proposta mais justa aos trabalhadores. Segundo eles, foram necessários muitos argumentos para garantir o pagamento integral do gatilho antes das eleições de outubro.

Após essas argumentações, alguns servidores utilizaram também a fala para pedirem esclarecimentos sobre a proposta e após todos os debates e posicionamentos, os representantes do Sintram e Sintemmd colocaram em votação item por item da contraproposta da Prefeitura de Divinópolis, as quais foram aprovadas pela maioria dos servidores presentes na assembleia. 

Posicionamento

A presidente Luciana Santos destacou e agradeceu a participação dos servidores e os falou sobre os encaminhamentos que serão dados agora pelos sindicatos.

— Foi uma assembleia participativa e representativa, agradecemos a todos os trabalhadores que estiveram conosco na noite de ontem, que se interessam pelo próprio futuro e acompanham e participam do trabalho e luta do sindicato. Agradecemos os servidores que integraram a Comissão de Negociação, que acompanharam de perto e lutaram conosco. Agora iremos oficiar o prefeito Galileu para que o mais rápido possível seja dado os encaminhamentos necessários para efetivação do reajuste e do vale refeição na folha de março. Como falamos a negociação foi muito dura, o gatilho parcelado não era o que desejávamos, não era o ideal, mas fica a certeza que os sindicatos fizeram seu papel, colocando argumentos, pressionamos, lutando e se necessário iríamos para as ruas, pois nunca esquivamos da missão de defender nossos servidores — finalizou a presidente.

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