Servidores ameaçam

 A escala de pagamento dos servidores divulgada pelo governo do Estado gerou reclamação e pode acabar em protestos. Delegados do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran) ameaçam parar por causa dos salários e caso não seja pago o 13º. Como ainda não há garantias sobre estas reivindicações um protesto já está marcado para a próxima terça-feira na região central de Belo Horizonte.  O comando da Polícia Civil no Estado afirma respeita os direitos de seus servidores e já atua em medidas para que uma possível paralisação, não prejuízo no atendimento aos cidadãos. Como sempre, os mais prejudicados, indiferente de qual for a situação.

 Na justiça

 E a situação já está nas mãos da Justiça. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou na tarde de ontem que o Governo de Minas se pronuncie, em 72 horas, sobre o mandado de segurança impetrado pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado De Minas Gerais (Aopmbm). A entidade pediu, por meio de liminar, que seja garantido o 13º salário e que sejam passadas informações sobre o pagamento. Resumindo, o Estado tem até amanhã para ser manifestar sobre as acusações e reivindicações. O problema é que o fará do mesmo jeito que já se está cansado de saber, o que foi dito ontem. Não tem recursos e não há previsão e será discutido em reunião.

 Mantida

 As reivindicações serão discutidas na sexta-feira, na mesma reunião que tratará do 13º. E já se admite  no governo do Estado que podem haver mudanças na escala de pagamento de dezembro.  Até então, os R$ 2 mil anunciados para o próximo dia 13, devem ser mantidos para o primeiro dia da escala e que a antecipação da segunda parcela para antes do Natal vai depender do fluxo de caixa.

 Congelar

 E mesmo em se tratando de futuro, as notícias sobre os salários continuam ruins. Para não agravar a crise, o governador eleito Romeu Zema (Novo) já sinaliza congelar salário dos servidores do Estado até que haja pelo menos uma leve melhora. Ou seja, promete empenho para pagar em dia, mas sem nada de aumento. Não se sabe o que é pior, receber atrasado ou não tem previsão de reajuste.

 

Minas na lista

 E a coisa segue complicada e não só em Minas Gerais. A menos de um mês do fim do mandato, 11 governadores correm o risco de deixar seus Estados sem caixa para cobrir despesas realizadas em suas administrações, segundo levantamento feito pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A prática é vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O Código Penal prevê a pena de um a quatro anos de reclusão para esta prática, embora ninguém tenha sido punido ainda pela infração. O certo é que os sucessores herdarão uma dívida milionária.

 Estados

 Na ‘pitimba’ com grande risco de ficar sem caixa para cobrir os gastos estão os governos eleitos de estados de diversas região do Brasil. São eles, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rio de Janeiro e Sergipe. São Paulo e Rio Grande do Norte também fazem parte da lista, mas até o momento só apresentaram dados até agosto. Pelo visto, 2019 será daquele modelo.

 Privilégio

 O interessante é que na hora de sacrificar, só sobra para os servidores do Executivo. A mesma balança não são colocados o Legislativo e o Judiciário, que ainda arrumam um jeitinho de ter algum privilégio, como o auxílio-saúde para o Ministério Público. Onde está a tão falada igualdade neste país?

 Novo

  O Partido Novo realiza hoje mais uma reunião mensal em Divinópolis. O deputado eleito por Minas, Bartô, participará a convite do coordenador do partido, Flávio Ramos, para falar sobre "O Político e a Rede Social". A reunião será realizada na rua Minas Gerais, 900, Centro, à partir das 19h30. Também será informado o planejamento de ação do Novo para 2019 e encaminhamento das demandas da cidade e região para o governo de Romeu Zema que é Novo!

 

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