Semusa desmente uso de tratamento precoce para a Covid-19

Da Redação

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por meio de reunião realizada por videoconferência, nesta segunda-feira (15/03), desmentiu o Protocolo para Tratamento Precoce para a Covid-19 em Divinópolis.

O prefeito Gleidson Azevedo solicitou ao secretário de saúde, Alan Rodrigo da Silva, que analisasse esta viabilidade e uma equipe técnica foi criada para analisar a questão que foi muito debatida em redes sociais.

Alan comentou sobre o caso.

— Atualmente não há evidências científicas para indicação dos fármacos hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina - associados ou não ao uso de corticosteroides, antibióticos (azitromicina) e vitaminas, dentre outros - na prevenção ou tratamento de Covid-19 — explicou.

Ele ainda ressaltou sobre os cuidados protetivos.

— Todavia, o médico tem autonomia para prescrição ou não de quaisquer desses medicamentose as pessoas devem preconizar os cuidados protetivos como isolamento social, higiene rigorosa e uso de máscaras — disse.

O profissional que optar por prescrever tais medicamentos deverá preencher ou elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), detalhado, compreendido e assinado pelo paciente. A conduta do médico deve ser anotada no prontuário, seja ela de prescrição ou não.

Sendo assim, ficou definido que, em respeito ao ato médico, a Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis, “não formalizará documento institucional de indicação ou não de tais terapêuticas. Ressalta-se, no entanto, que respeitará a decisão do médico assistente em conjunto com o paciente e caso o prescritor opte pela conduta medicamentosa, a Secretaria de Saúde fornecerá os medicamentos aos usuários”.

Além do secretário de saúde, participaram da reunião, o médico infectologista Lécio Vasconcelos Junior; o médico generalista de unidade de saúde e professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Hygor Kleber Cabral Silva; o enfermeiro conselheiro do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MG) e também professor da UFSJ, Richardson Miranda Machado; a diretora da Vigilância em Saúde, Érika Camargos e  a diretora da Atenção Primária à Saúde, Daniela Dias Vasconcelos.

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