Semusa busca evitar epidemia de dengue em Divinópolis

Rafael Camargos

Os casos de febre amarela têm tomado uma proporção muito grande em todo o estado, porém não é só esta doença que merece atenção nesta época do ano. Os casos de dengue, zika e chikungunya, também estão sob os olhos atentos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Em Divinópolis, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) desenvolve ações na tentativa de evitar uma epidemia de dengue.

O último boletim epidemiológico da SES-MG, divulgado no início desta semana, mostrou que foram registrados 2.221 casos prováveis de dengue no estado. Nas últimas semanas, entre 24 de dezembro e 20 de janeiro, um município apresentou alta incidência de casos prováveis de dengue, dez municípios estão em média incidência, 258 municípios estão com baixa incidência e 584 municípios estão sem registro de casos prováveis. Na região Centro-Oeste, são 106 casos prováveis da doença.  Divinópolis tem 14 deles. Em Minas Gerais, uma morte é investigada em 2018.

Já os casos prováveis de chikungunya somam 496 até o momento. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, um caso está sob investigação e o resultado do exame é aguardado.

Segundo o relatório, o ano de 2017 foi o que apresentou o maior número de casos prováveis de chikungunya em Minas (16.658). Desse total de casos prováveis, 113 são gestantes e 58 foram confirmadas para chikungunya pelo critério laboratorial. Da última semana de 2017 até o dia 20 deste mês, o estado apresentou dois municípios em média incidência de casos prováveis de chikungunya, 42 municípios em baixa incidência, nenhum município em alta e 809 estão sem registro de casos prováveis. Ainda não foi registrada nenhuma morte pela doença.

Neste mês, também foram registrados 17 casos prováveis de zika. Nenhum em Divinópolis.

LIRAa

O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) feito em Divinópolis apresentou um índice de infestação de 6,5%, quando o ideal, proposto pelo Ministério da Saúde (MS), é abaixo de 4%. Destes 6%, a região que chamou mais atenção é a Nordeste. Só ela tem o índice maior que o geral, apresentando 13,68%. Em segundo lugar, aparece a região Norte, com 7,83%; a Central, com 6,15%; a Sudeste, com 5,34%; Oeste, com 4,4% e Sudoeste, com 2,72%.

Combate

Nas primeiras semanas de 2018, a Semusa havia relatado uma dificuldade da população em permitir a entrada dos agentes nas casas. De acordo com o fiscal de saúde Erson Ribeiro, esse comportamento mudou e a população tem contribuído no trabalho feito. Além disso, os moradores também vêm denunciando possíveis locais com focos de dengue. Ele explica que, só neste mês, o disque dengue (3221-3722), canal que recebe denúncias sobre a doença, já recebeu mais de 150 ligações.

— A população tem colaborado com o trabalho do agente. E nós estamos correndo atrás para que não haja uma epidemia na cidade. Estão sendo contratados mais dez profissionais para auxiliar no trabalho. Além disso, estamos trabalhando aos sábados e realizando um trabalho de conscientização na população, como foi feito no último fim de semana na avenida Primeiro de Junho e será feito neste fim de semana no bairro Esplanada — comentou.

Para Erson, se o agente não trabalhar e a população não colaborar, a tendência é de que a situação piore.

 

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