Semanas virtuais
Wagner Penna
E a semana de moda parisiense (a mais importante do mundo) aconteceu em formato virtual, isto é, apenas exibições para serem postadas nas redes sociais. O resultado não foi além do já esperado: encenações ao vivo na TV + vídeos especiais. O pacote mais completo foi da Dior, que vestiu micromanequins com suas propostas, repetindo feito ao fim da II Guerra Mundial – quando não havia tecido para o vestido completo. Também fez filme com ninfas saindo da água e vestindo os modelitos “haute-couture” da marca.
Por aqui, o formato também ganhou algumas versões – com a Skazi mostrando desfile virtual, mas vendendo o verão 2021 em seu showroom de Beagá para as lojistas. O restante fez o de sempre, isto é, catálogos de lançamentos (o surrado “lookbook”, só que em formato virtual) com resumo das coleções.
Importante nisso tudo é saber que (tudo indica) a linguagem virtual continuará nas vendas – tanto pelas lojistas ou diretamente das marcas ao consumidor final. Os tempos mudaram, os hábitos também – impulsionados pela covid-19.
VAIVÉM
- A semana de lançamentos em Beagá para o verão 2021, chamada Minas Showroom, começou e teve seu tempo de duração estendido. Agora vai até o dia 7 de agosto. Outra novidade é que esta será apenas a primeira coleção-cápsula das marcas, porque a maioria vai mostrar outras novidades em agosto e também setembro. Vender é preciso.
- A rede holandesa de lojas C&A agora virou “marketplace” mais amplo, vendendo pela internet eletrônicos, decoração, pet e, claro, moda. Para isso, ganhou um novo nome – Galeria C&A – e conta com 19 novas parcerias. Entre eles estão Multilaser, Vivara, Unique Shop e Kings, enquanto The Beauty Box e Flaminga já constavam da sua loja on-line. Já a lojas Renner fez parceria com o Sebrae e vai prestar ajuda financeira para marcas de moda menores, a partir de seleção feita pela entidade governamental.
PONTO FINAL.
O aumento de lojas virtuais na pandemia foi além de 100 mil. Antes da chegada do vírus, eram 10 mil a mais por mês. O setor que mais cresceu em presença digital, segundo a ABComm, foi o varejo de moda, seguido de alimentos e serviços. No total o e-commerce cresceu 50% entre março e maio, após o início da pandemia. Cerca de 45% dos consumidores nacionais pretendem aumentar as compras pela internet. Amém!