Sem data

Preto no Branco 

Agora é oficial. Sargento Elton (Patriota) oficializou, na Câmara de Divinópolis, a carta de renúncia ao seu mandato. Ele já havia comunicado a decisão durante um pronunciamento público no mês passado. O parlamentar alegou que sua inesperada decisão deve-se a motivos particulares. Conforme o Regimento Interno, o pedido de renúncia será lido na primeira reunião do Legislativo. Só tem um problema: a Casa Legislativa está fechada devido à prevenção ao novo coronavírus, assim, o rito ainda não tem data para ocorrer.  O suplente terá, então, de conter sua ansiedade.  

Qual nome?

Embora seja de conhecimento de muitos que o suplente do Sargento Elton é Eduardo Magalhães ‒ tanto é que ele atuou em seu lugar em duas ocasiões na Casa, em processos de acusação contra o prefeito Galileu Machado (MDB) ‒, parece haver ainda uma certa dúvida por parte do Legislativo, visto que, nas informações enviadas à imprensa, não constava o nome de Magalhães. Fato que foi confirmado pela assessoria de imprensa da Câmara, quando questionada pela coluna. Será que há algum caroço no meio deste angu?

Cargo vago 

O rito de posse é tradicional. Após a leitura da renúncia feita por Sargento Elton, apresentada ao Plenário, a Mesa Diretora da Câmara, por meio do presidente Rodrigo Kaboja (PSD), declara a vacância do cargo de vereador. Em seguida, o vereador suplente será convocado para iniciar suas atividades parlamentares representando a população divinopolitana.  Aposto que já tem gente com a “pulga atrás da orelha” para saber quem estará sentando, esperando ser chamado para ocupar a cadeira. 

Inacreditável isso!

Pronto. Bastou o governo federal anunciar e confirmar que vai pagar o auxílio emergencial para pessoas que estão sem trabalho neste período de pandemia do coronavírus para os criminosos se esconderem atrás de uma tela e entrarem em ação. Correntes falsas que prometem o cadastro do auxílio têm circulado pelo WhatsApp sem parar. Os golpes utilizam como isca a parte da população amparada pela ajuda. As mensagens contêm links fraudulentos para que o usuário faça um suposto cadastro no programa. Outra promete verificar se a pessoa tem direito ao auxílio emergencial e, em seguida, oferece o desbloqueio e a liberação dos valores on-line. Não passa de uma fraude. A própria pessoa se cadastra por meio de um aplicativo. É aquela coisa: “Quando a esmola é muita, o santo desconfia”. 

Prática comum

Utilizar acontecimentos de grande repercussão para aplicar golpes, infelizmente, é um método muito utilizado entre cibercriminosos. Por isso, é preciso tomar alguns cuidados com correntes e informações divulgadas, principalmente em períodos de crise. Neste caso, a recomendação é procurar fontes confiáveis, como os sites do governo e dos bancos públicos que fazem o pagamento, ou mesmo pessoas que estejam inteiradas sobre o assunto e sejam de confiança. #FiqueEmCasa, mas, principalmente, fique esperto. 

Gente na rua

Ignorando totalmente a determinações de decretos e orientações das autoridades de saúde, a população em Divinópolis perdeu o medo e está nas ruas como se nada estivesse ocorrendo. Além das vias cidade, as agências bancárias e lotéricas estão sem lugar para tanta gente. Era quinto dia útil do mês e muita gente tem que receber? Certíssimo. Inúmeras contas para pagar com data de vencimento nestes dias? Também. Mas ficam muitas dúvidas: essas pessoas não sabem ou não têm um parente que dê conta de fazer pelo menos parte destas necessidades via internet? Não confiam nesses meios? Ou realmente perderam o medo da contaminação? A resposta pode ser qualquer uma destas. Mas, se for a terceira, é bom abrirmos os olhos e nos precavermos, pois a situação pode ficar ainda mais crítica nos próximos dias. Como o brasileiro está mais acostumado a remediar do que prevenir ‒ culpa dos governantes ‒ não dá para estranhar. 

Decretos violados 

Com a aglomeração desnecessária e desrespeitosa, a  Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) identificou possíveis violações dos decretos publicados  e em vigor. A secretaria diz que, mesmo com autorização para funcionar, os bancos devem oferecer as condições sanitárias adequadas e controlar o fluxo de clientes. A Prefeitura fez trabalho de orientação, como pedir às pessoas para irem para casa. No entanto, é preciso muito mais. Em um país onde o desmando rola solto e vem de cima, obediência só resolve quando dói no bolso. 

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