Sem clima

Preto no Branco

O vice-prefeito, Rinaldo Valério (DC), não pisa os pés no Centro Administrativo desde dezembro passado. Calma! Ele não abandou seu gabinete por causa da briga com Galileu Machado (MDB). É que, desde o fim do mês passado, seu espaço de trabalho foi transferido para o prédio da rua Pernambuco, onde ainda funciona parte da Prefeitura. Oficialmente, foi consenso com o gabinete dele, para facilitar os atendimentos, por se tratar de área central, acesso mais fácil. Mas não é segredo para ninguém que não há mais clima para o prefeito e o vice no mesmo espaço.

 Esvaziando

Oficialmente, a explicação da Prefeitura para a transferência do gabinete do vice é um projeto de remanejamento de salas no Centro Administrativo, com mudanças de setores e secretarias entre alguns andares. No entanto, segundo apurou a coluna, as salas na antiga Prefeitura estão sendo desocupadas. Atualmente, atividades continuam mantidas no primeiro andar com o serviço de Protocolo, segundo, com a Cultura e metade no nono andar, que abriga o Procon e a Diretoria Antidrogas. Prova de que a mudança foi meramente estratégica.

Ação

E a transferência pode ser sido consolidada devido a mais um capítulo nesta novela do desentendimento ocorrido há quatro meses, quando houve na Câmara a votação das denúncias político-administrativas contra Galileu. Rinaldo foi acusado de tramar junto a assessores do Sargento Elton (Patriota) para derrubar Machado, o que foi amplamente negado por ele. A situação já estava insustentável, mas piorou quando o ex-chefe de gabinete de Rinaldo, demitido logo após o episódio, entrou com ação na Justiça pedindo recondução ao cargo e cerca de R$ 60 mil de indenização. Este valor seria referente aos meses sem salários de Olinto, que recebia R$ 11 mil mensais, desde que foi obrigado a deixar o cargo. Claro que todo mundo tem direito de correr atrás do que acha que lhe pertence, porém, neste caso, só se esqueceram de um detalhe: trata-se de cargo comissionado de livre nomeação.

Defesa

A ação já foi analisada em primeira instância pelo juiz Núbio de Oliveira Parreiras. No entanto, Olinto recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A Prefeitura já foi notificada e vai apresentar a defesa. Na época das exonerações, além de Olinto, uma assessora foi demitida. Porém, o vice continua com três assessores e direito a um veículo. Deste modo, confirma-se que a ação beneficia mesmo é o ex-chefe de gabinete, tendo em vista que Rinaldo continua recebendo seus salários de vice e com pessoas que o auxiliam nas demandas do dia a dia.

Estatística

Infelizmente, a idosa de 81 anos que teve parte do corpo soterrado na última sexta-feira, 24, no bairro Mangabeiras em Divinópolis, entrou para a estatística dos mortos em consequência das chuvas em Minas Gerais. Ela estava com o marido em casa, na rua do Cairo, por volta das 13h30, quando o teto da casa veio abaixo.  O marido, de 82 anos, conseguiu escapar sem lesões, a esposa ficou presa aos escombros da cintura para baixo. Ela foi resgatada pelos Bombeiros e levada à UPA, de onde foi transferida para o Complexo de Saúde São João de Deus. Morreu na madrugada de ontem, devido a complicações do acidente. Lamentável o fim trágico da portuguesa que escolheu o Brasil para formar sua família, amava Divinópolis e era amada por seus vizinhos. Tanto que se recusou a sair do imóvel quando foi notificada pela Defesa Civil.   

Emergência

Se não fosse a morte da idosa, as autoridades em Divinópolis teriam motivos para comemorar. A cidade, que registrou cheias intensas, desta vez, teve apenas pequenas ocorrências, apesar de as previsões dizerem o contrário. Resultado que não a colocou entre as mais de 100 no estado que estão em situação de emergência por causa dos efeitos causados pelas chuvas. A medida tem validade de 180 dias, e ainda bem que o prazo é longo, pois as previsões para o início e fim de fevereiro não são nada animadoras!

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