Seis dias

Depois da 34º assassinato anunciado pela Polícia Militar, neste ano, o tempo decorrido entre um e outro crime vem caindo. Ontem, mais uma pessoa foi morta e, assim, não mais seis dias que separam um crime do outro. Em Editorial publicado ontem, chamou-se a atenção para a aberração pela qual passa a cidade, vítima de uma bandidagem sem controle. As polícias, com alguma razão, dizem que não podem adivinhar nada, pois crimes acontecem até dentro de casa e imprevistos. 

Até aí... 

...tudo bem, pois não se conhece alguém ou alguma organização que seja onipresente. Mas a sociedade anda escaldada com a situação que só piora a cada dia. Verdade que 99% dos crimes acontecem entre a própria bandidagem, com os famosos “acertos de contas”. Mas também é verdade que roubos e furtos também são crimes, de menor punibilidade, mas que impedem os cidadãos de bem de saírem de casa.  

Estado quebrado 

A penúria financeira vivida pelo Estado não dá aos seus conterrâneos nenhuma esperança de dias melhores em termos de segurança. E o pior de tudo é que não dá esperanças em nada, pois a Educação vai de mal a pior, e a Saúde, com o mau atendimento, falta de remédios, etc., melhor nem comentar. O dinheiro fala alto em todos os momentos, principalmente quando alguma providência em favor do cidadão precisa ser tomada. 

Para eles, pode! 

Como apenas o governo federal pode fabricar dinheiro e aumentar impostos, a grande dificuldade sempre encontra uma luz no fim do túnel. Mas nem assim vem de Brasília qualquer sinal que não seja um aumento qualquer de impostos, para cobrir os buracos feito pelos irresponsáveis que ainda estão lá instalados. Ontem se falava que o aumento do álcool nos postos seria menor, porque o imposto iria diminuir. Grande notícia. 

Uma cidade milagrosa 

Pode ficar tranquilo que esta cidade não se chama Divinópolis. Pertinho de nós, está Itapecerica, que, neste tempo de crise, em menos de um mês realizou um festival gastronômico e está a mil por hora com o tradicional Festival de Inverno, que hoje terá a presença do cantor Sidney Magal. Nada de extraordinário ou que faça mal às finanças da prefeitura, que por lá também não anda às mil maravilhas.  

Garra 

Só que o pessoal de Itapecerica que trabalha na parte cultural e promocional da cidade tem gente competente, com garra e vontade. Por aqui, os mesmos incompetentes de sempre, parecem desconhecer até o que é Lei Rouanet e as possibilidades para que a cidade apareça, como de fato o é, como a maior da região. 

Dinheiro na mão... 

...é vendaval, canta Paulinho da Viola. E o é realmente, só que em boas e competentes mãos se transforma em algo divino. Não se vê ou se ouve por parte da Prefeitura, nada que pelo menos resvale em um movimento para atrair turistas da região, que estão sempre à procura de bons eventos. Tiradentes realiza festivais quase que semanalmente, resultado de um trabalho árduo de anos, juntando o turismo natural ao imbatível setor gastronômico. Divinópolis não é um município qualquer, mas caminha a esmo e passos largos para se tornar conhecida apenas pelo lado dramático dos assassinatos e ladroagens. 

Comentários