Balanço mostra 22,56% de trotes na 1ª semana do Samu

Segundo levantamento apresentado, atendimento levou em média cerca de 25 minutos

Rafael Camargos

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completou uma semana de atuação na quarta-feira, 14, em Divinópolis. E para mostrar os resultados dos primeiros sete dias, a diretoria convocou uma coletiva à imprensa. O evento contou com a presença do secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), José Márcio Zanardi, o diretor médico do Samu, Marco Aurélio Lobão e o gerente de frotas Arthur Henrique Medeiros. O Serviço foi inaugurado pelo governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) e demais autoridades políticas envolvidas em sua implantação para atender 54 cidades da Região Ampliada de Saúde (RAS) Oeste. 
 
Ligações para o 192 
 
Durante a coletiva foram apresentados gráficos que mostram dados exatos dos atendimentos em todos os municípios onde há uma base do Samu. A Central de Regulação das Urgências recebeu 2.647 ligações, segundo o último relatório divulgado. Um dado que tem preocupado é o alto número de trotes, que somam 598, do total das ligações, ou seja, 22,59%. Um dos gráficos aponta ainda, que o atendimento levou em média cerca de 25 minutos, até a chegada da ambulância no local do fato. Este tempo é calculado a partir do momento em que a Central recebe a ligação e que a ambulância chega no local da ocorrência. A estimativa pelo número de ambulâncias na região e pela extensão territorial dos municípios foi previsto que as ambulâncias chegassem nas ocorrências em até 40 minutos.  

O secretário-executivo do Cis-Urg, José Márcio Zanardi reforçou que o atendimento é pré-hospitalar e que as equipes tripuladas estão aptas a realizar procedimentos que garantam estabilidade de vida até o encaminhamento do paciente para a unidade de saúde mais adequada.  

— O encaminhamento de cada paciente é feito pela Central de Regulação das Urgências, que diante do relato de quem aciona o 192, empenha uma Unidade de Suporte Básico (USB) ou uma Unidade de Suporte Avançado (USA) — explicou. 

Para o gerente de frotas, Arthur Henrique Medeiros, a demora no atendimento, em alguns casos é reflexo de informações que não são dadas corretamente pelo solicitante. 

— Tivemos casos de não encontrar o endereço. Temos buscado trabalhar isso com os condutores —relatou. 
Já o diretor médico, Marco Aurélio Lobão, explicou que, a equipe da Central também faz o encaminhamento para a unidade de saúde que poderá no melhor tempo dar suporte a cada caso. Nesta primeira semana, as ocorrências foram originadas nos 34 municípios da região. 

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