Secretaria nega falta de comida nos presídios

 

Gisele Souto 

 A crise financeira pela qual passa Minas Gerais se revelou uma ameaça também às cantinas que distribuem alimentação para os presídios. Durante esta semana, houve a ameaça da suspensão das marmitas em cerca de 30 unidades prisionais devido à falta de pagamento.  O risco de ficar sem comida era a partir de partir deste fim de semana. 

 Causa 

 O motivo alegado pelos fornecedores de alimentos é porque eles estariam sem receber do governo há pelo menos quatro meses e alegam não ter mais condições financeiras de cobrir os gastos. 

De acordo com o superintendente da Falcão Alimentos, Gil César dos Santos, em entrevista à Rádio Itatiaia, todas as pequenas cantinas que fornecem alimentos aos presídios estão com muitas dificuldades financeiras. Apenas na empresa em que ele trabalha, isso em Belo Horizonte, a dívida já chega a R$ 900 mil. 

– As empresas estão gerando muitas dívidas com agiotas, vendendo patrimônio, carros. A gente não consegue.  Na sexta-feira, a gente consegue fornecer a janta, no sábado nem o café da manhã tem como fornecer. Não tem dinheiro mais – afirmou. 

A reportagem entrou em contato com a empresa que fornece alimentos para o presídio Floramar, porém a empresa preferiu não falar sobre o assunto. 

 O outro lado  

Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) informou, mais uma vez, que tem se esforçado para cumprir os compromissos firmados em contrato com os fornecedores de alimentos, apesar da crise financeira no estado. 

Também em nota, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirmou que não há paralisação nos serviços de alimentação nas unidades prisionais. Afirma que a situação já foi solucionada junto aos fornecedores e não há risco de corte no fornecimento de alimentação. 

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