Secretaria de Saúde esclarece mitos sobre a vacina contra gripe

Da Agência Minas

A  Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe está em vigor e cerca de 3,8 milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos postos de saúde de todo o estado. Mesmo com a campanha realizada todos os anos, uma série de mitos e informações falsas sobre a vacina e também sobre a doença é difundida, o que pode provocar confusão em parte da população sobre quais são as reais medidas de prevenção e tratamento.

Um dos mitos mais comuns é o de que a vacina contra a gripe transmite a doença. Contudo, a coordenadora de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Josianne Dias, explica que a informação é falsa.

— A vacina contra a gripe é fragmentada e inativada, sendo totalmente segura e incapaz de provocar a doença. As pessoas que ficam gripadas após tomarem a vacina provavelmente adquiriram outras doenças respiratórias ou já tinham o vírus e a vacina não teve tempo suficiente para fazer seu efeito, pois a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a vacinação. A vacina contra a gripe, portanto, não transmite gripe e cumpre seu papel de diminuir consideravelmente o número de complicações, internações e óbitos por influenza — afirma.

Outra informação incorreta é a de que a vacina pode fazer mal para gestantes. Pelo contrário: a vacinação contra o vírus influenza em gestantes é uma estratégia eficaz de proteção para a mãe e para o lactente. Além de proteger a mãe, a vacinação durante a gestação reduz o impacto da doença em bebês e o risco de hospitalização, que é muito elevado nos primeiros meses de vida.

— As gestantes fazem parte do grupo elegível da campanha de vacinação e não só podem como devem comparecer aos postos de saúde e se vacinarem. É importante ressaltar que as grávidas têm maior risco de desenvolver formas graves de doenças respiratórias e, por isso, ter altas taxas de mortalidade — explica Josianne Dias.

Mais uma questão que costuma gerar dúvidas é a necessidade de se tomar a vacina contra a gripe todos os anos. Quem tomou a vacina no ano passado deve, sim, se vacinar novamente em 2019, pois a proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual é feita anualmente. Além disso, a constante mudança do vírus influenza requer uma frequente reformulação da vacina.

Dúvidas sobre a doença

Questões relacionadas à gripe também costumam gerar informações desencontradas entre a população. Uma delas é a de que tratamentos caseiros, entre eles a ingestão de chás, mel, limão e outros alimentos, curam a gripe. Nesse caso, é importante frisar que tratamentos feito em casa, sem o acompanhamento dos serviços de saúde, terá a mesma ação de medicamentos antivirais disponíveis atualmente para tratar a gripe. Portanto, em caso de sintomas, é fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo.

Confira, a seguir, outras dúvidas comuns sobre a doença:

A gripe pode matar?

Verdade. Se não for tratada a tempo, a gripe pode causar complicações graves, inclusive a morte, principalmente nos grupos de alto risco, como crianças menores de 5 anos, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

Lavar as mãos com frequência ajuda na proteção contra a gripe?

Verdade. Além disso, existem outras ações simples que colaboram na prevenção da doença. Entre elas está manter as vias respiratórias bem hidratadas para evitar a entrada de vírus e bactérias, evitar locais com aglomerações de pessoas e pouca circulação de ar, manter as janelas dos ônibus sempre abertas, jogar lenços de papel no lixo, usar a parte interna do braço ao tossir ou espirrar, evitar compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal. No caso de crianças menores de 6 meses, que ainda não receberam todas as vacinas, é importante não deixá-las expostas a locais com aglomerações, como shoppings e ônibus.

Gripe e resfriado são a mesma coisa?

Não. O resfriado também é uma doença respiratória e é frequentemente confundido com a gripe. O resfriado, entretanto, é causado por vírus diferentes dos da gripe.Por isso, em caso de sintomas como febre alta, mal estar, dor muscular e de garganta e coriza, é fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo para que profissionais possam avaliar o caso e prescrever o tratamento mais adequado.


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