Secretaria de Saúde distribui inseticida e larvicida para enfrentamento ao Aedes

Da Agência Minas

A maneira mais eficaz de prevenir a dengue, zika e chikungunya continua sendo evitar a proliferação do mosquito transmissor dessas doenças, o Aedes aegypti. Dessa forma, eliminar a água armazenada em locais que possam servir de criadouros, como vasos de plantas, garrafas e pneus segue como a principal orientação a todos.

Entretanto, outras ferramentas também são usadas como aliados no enfrentamento ao Aedes. É o caso de inseticidas e larvicidas, utilizados na implementação de tratamento focal para cobrir áreas infestadas.

Desde a última semana de janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) vem realizando, semanalmente, a rota de distribuição do inseticida adulticida Malathion EW44% e de larvicida Pyriproxyfen 0,5% para as regionais de saúde que se encontram em muito alta, alta e média incidências. Os insumos, distribuídos pelo Ministério da Saúde, têm como destino as regionais de Divinópolis, Uberaba, Belo Horizonte, Pedra Azul, Ponte Nova, Manhumirim, Coronel Fabriciano, Ubá, Sete Lagoas, Unaí, Leopoldina e Uberlândia.

A coordenadora estadual da Central de UBV (Ultra Baixo Volume) da SES-MG, Regina Celia Moura, explica que o inseticida Malathion EW 44% atua eliminado as fêmeas do Aedes aegypti na fase adulta, e é utilizado no controle de surtos e epidemias em situações emergenciais, com elevada transmissão das arboviroses.

Já o Larvicida pyriproxyfen 0,5% elimina as larvas do Aedes aegypti e é empregado no tratamento de rotina no controle das arboviroses para eliminação do vetor na fase larvária.

— A utilização de inseticidas e larvicidas em saúde pública tem por base normas técnicas e operacionais oriundas de um grupo de especialistas em praguicidas da Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza os princípios ativos desses produtos e recomenda as doses para os vários tipos de tratamento disponíveis no controle das arboviroses — explica Regina.

De acordo com a coordenadora, "o Ministério da Saúde reitera a necessidade do uso racional do controle químico e ressalta aos responsáveis técnicos das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde que busquem, cada vez mais, incitar a realização sistemática da demais medidas de controle preconizadas (realização de visita casa a casa, resgate de imóveis pendentes, mobilização da população e mutirões de limpeza) antes de utilizar o controle químico”, finaliza.

Manutenção

Neste mês de fevereiro, as equipes da SES-MG realizaram, também, a manutenção em equipamentos costais motorizados, utilizados no bloqueio de transmissão e ponto estratégico no controle das arboviroses.

As bombas costais motorizadas são utilizadas por agentes de saúde na aplicação de inseticidas nos bloqueios de transmissão. A aplicação deve ser feita, sobretudo, em locais não trafegáveis e durante operações de emergência realizadas em períodos de surtos ou e também nas atividades de ponto estratégico.

No entanto, a coordenadora do Programa Estadual das Doenças Transmitidas pelo Aedes da SES-MG, Carolina Amaral, reforça que os equipamentos devem ser utilizados pelos municípios juntamente às demais ações de controle do Aedes, devido às limitações físicas de seu alcance.

— O uso dos equipamentos deve ser feito para controle vetorial local, em pontos estratégicos e também de acesso individual. Contudo, a utilização deve ser feita de modo complementar às demais ações de controle, fundamentais para a diminuição dos casos de dengue, zika e chikungunya — afirma.

Ações estaduais

As medidas de controle da dengue, zika e chikungunya em Minas Gerais acontecem o ano todo e são intensificadas nos meses mais quentes e chuvosos, em que há maior incidência da transmissão das arboviroses.

As ações permanentes, adotadas para conter o avanço dos casos de arboviroses em Minas Gerais, vão desde a mobilização de parceiros em todo o estado, realização da Força-Estadual (equipe composta por agentes da Saúde Estadual e da Fundação Nacional de Saúde – Funasa) em municípios com alta incidência de pessoas com dengue e alta infestação do mosquito, campanhas educativas por meio das redes sociais, mobilização da população sobre os cuidados para evitar os focos do Aedes aegypti, e também a elaboração dos Planos de Contingência estadual e municipais para prevenção e controle das doenças transmitidas pelo mosquito.

 A Força-tarefa estadual já esteve presente no município de Tocantins, que faz parte da Regional de Ubá, e agora está atuando em dois municípios: Leme do Prado (URS Diamantina) e São Pedro dos Ferros (URS Ponte Nova), onde irá permanecer até o dia 21/2.

Saiba mais em www.saude.mg.gov.br/aedes.

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