Saúde espera crescimento no número de casos suspeito de coronavírus em Divinópolis

Da Redação

A Prefeitura de Divinópolis, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou nesta sexta-feira, 13, uma coletiva para tratar da situação do novo coronavírus (covid-19), no município. Foram explicadas as formas de disseminação, prevenção e tratamento.

Divinópolis é a primeira cidade mineira a avançar para a fase II do protocolo de cuidados com o vírus. Logo, os pacientes sintomáticos não ficam em quarentena e sim, em isolamento domiciliar, por tempo indefinido. Atualmente, o munícipio possui 12 casos notificados. Destes, um confirmado, dois descartados e outros nove, seguem em análise.

Os riscos de epidemia aumentam e é o momento para evitar a disseminação maciça do vírus. Para organizar as medidas e protocolos utilizados na cidade foi criado um Grupo Técnico de Enfrentamento ao Coronavírus, composto por: Amarildo Sousa, Secretário de Saúde; Janice Soares, Diretora da Vigilância em Saúde; Lécio Vasconcelos, Médico Infectologista do Hospital Santa Mônica; Rosângela Franco, Médica Infectologista dos Hospital São Judas e Complexo de Saúde São João de Deus, Eduardo Gomes Mattar, Diretor Técnico do Complexo de Saúde São João de Deus; Alan Rodrigo, Superintendente Regional de Saúde.

Transmissão local

A região se encontra em estado de transmissão local, ou seja, há suspeitas que pessoas contraíram o vírus através do contato com pacientes diagnosticados com covid-19. A previsão é que nas próximas semanas, seja difícil identificar o histórico de contaminação dos novos casos.

A Diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares, esclareceu que os profissionais de saúde farão a coleta de material para análise das pessoas que apresentarem sintomas.

- Divinópolis já está em fase de transmissão local. Mas é importante ressaltar, que o grupo de risco, idosos e pessoas com comorbidades precisa de uma atenção especial - explica.

Janice explicou que não será possível coletar amostras de todas as pessoas.

- Provavelmente, não haverá kits para fazer testes em toda a população devido à grande proporção. As amostras serão coletadas, mas só em pacientes sintomáticos - diz.

A médica Infectologista do Hospital São Judas e do Complexo de Saúde São João de Deus, Rosângela Franco Guedes Ferreira, fez esclarecimentos em meio ao grande número de informações equivocadas nos últimos dias.

- Nós precisamos estimular que as pessoas fiquem em casa e evitem exposição. Evitar encontros sociais, não é momento de festas, de confraternização. Só assim, a gente vai conseguir controlar a disseminação do vírus - comenta.

A maior preocupação é com os pacientes pertencentes ao grupo de risco e que podem precisar de internação, sendo estes: Idosos (grupo principal de risco), asmáticos, fumantes, diabéticos e pessoas com problemas de coração.

Segundo o médico Infectologista do Hospital Santa Mônica, Lécio Vasconcelos Junior, esclareceu que o número de casos suspeitos não significa, necessariamente, que o vírus está se espalhando de forma perigosa.

- Nesse momento, Divinópolis vive uma espécie de experiência do Estado em relação a como vamos enfrentar essa possível epidemia - destaca.

Eduardo Gomes Mattar, Diretor técnico do Complexo de Saúde São João de Deus afirma ser muito importante que a rede de atenção hospitalar se organize.

- As pessoas não precisam se desesperar na corrida aos hospitais. Tanto a rede pública como a privada precisam receber somente aqueles pacientes que estejam realmente com os sintomas. Só assim, conseguiremos atender todos esses casos - reforça.

Isolamento domiciliar

O superintendente Regional de Saúde, Alan Rodrigo da Silva, explicou que o individuo deve permanecer em isolamento domiciliar para a segurança de todos.

- Ele é o potencial transmissor e deve respeitar os atestados, pensando na coletividade. O empresariado também precisa compreender o momento e respeitar os dias de afastamento do funcionário - conta.

De acordo com os representantes, ainda não existe um tratamento específico para o tratamento do vírus. Desse modo, os pacientes com sintomas considerados leves, receberão os remédios sintomáticos. Já aqueles em quadro mais grave, serão atendidos com suporte ventilatório e outros procedimentos específicos, de acordo coma necessidade do infectado.

O secretário Municipal de Saúde, Amarildo Sousa, reforçou que o executivo passará a tomar medidas mais efetivas, suspendendo reuniões com maior número de pessoas.

- O município agirá com rapidez no combate do coronavírus. Nesse momento delicado, não poderemos esperar por alguns prazos”. Ele ainda ressaltou que “não é um estado de pânico, e sim de alerta. É o momento de pensar em si mesmo e no outro - afirmou.

A Semusa informa que ainda não se sabe a proporção do vírus no município e que é preciso analisar o panorama epidemiológico de acordo com a conjuntura. Entretanto, a saúde está mobilizada e tem se preparado para lidar números maiores de infectados.

 
 
 
 
 
 
 
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