Réveillon e aniversário no mesmo dia

Marília Mesquita

Quando, no relógio, marcar zero horas e chegar o novo ano, Jeann Teixeira também irá contar um novo verão na vida dele. Nascido às 23h47 do dia 31 de dezembro de 1992, ele já vai ter chegado aos 24 quando for 1º de janeiro de 2018.

– Nunca saí pra farra no Réveillon. Sempre passei com minha família – revela.

 

Tradição

Por 21 anos, Jeann se reuniu com a mãe, Maria Rita, e os cinco irmãos em volta da mesa. Conforme os anos foram passando, aumentaram os integrantes que participavam da noite: os cunhados e as cunhadas foram aparecendo.

– Sempre optamos por passar a data juntos. Minha mãe, que também foi o nosso pai, preparava uma broinha de fubá de canjica que ninguém faz igual, para que pudéssemos comer com pernil. Então, todos cantavam parabéns e comemorávamos o meu aniversário e o ano que estava chegando – lembra.

Mas há dois anos Maria Rita falta. Ela faleceu no ano passado e, agora, os filhos buscam formas de construir uma nova tradição.

– Após a morte da minha mãe, continuamos unidos. Mas resolvemos que cada um deve passar o Réveillon com as esposas, maridos e filhos. Mas não todos juntos, até para não lembrar da falta que a mãe faz – explica.

 

O novo

 

Neste ano, Jeann vai passar a virada junto ao filho, Otto, de 3 anos, como fez no ano passado. O Réveillon dele é a dois:

– Na ceia vai ter picanha invertida, que é receita minha, e muita batata frita, já que o Otto ama. Ainda tem salpicão, que é algo que tinha na minha casa. E vou fazer salada de brócolis com alho torrado e abacaxi com canela – conta.

Mas a virada não é só ceia. Fã de rock, Jeann ensina ao filho uma forma diferente de fazer a contagem regressiva.

– Cantamos “We Will Rock You”, do Queen, na virada. Sempre incentivei meu filho a escutar rock e é um som que ele tem gostado – fala.

Por fim, quando um ano acaba e o outro já vem, Jeann e Otto ainda comemoram com os vizinhos do condomínio.

– Nessa festa tem de tudo. Uma mesa de frutas e outra de comida típica são preparadas para que possamos confraternizar. Um dos nossos vizinhos é músico, então tem o bom e o velho rock – revela.

A data, que é celebrada no mundo inteiro, possui as mais diversas formas de manifestação. Mas para Jeann não há outra forma melhor de agradecer pelo ano que passou e esperar o que está vindo.

– A companhia do Otto tem feito dos meus réveillons os melhores. O amor dele é diferente. Ele me motiva e tem um carinho excepcional. Não trocaria por nada – conclui.

 

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