Razão e equilíbrio

Aristóteles, filósofo grego, na busca da felicidade afirmava que esta seria encontrada na prática da virtude e dentre todas as virtudes, deveríamos àquela que seria a superior: a sabedoria.

Investigando um pouco mais sobre o que seria a virtude, Aristóteles dizia que ela se expressaria como: “estados da alma nos quais ela mesma encontra-se alheia a todo tipo de mal e em completo repouso”.  Imagino que a felicidade seria encontrada juntamente com num estado de consciência, em que “eu não precise de felicidade”, em que “eu não deseje a felicidade”.

O desejo pelas coisas nos trás, acompanhado consigo, um desequilíbrio causado por um excesso ou carência dos resultados.   O desejo tira a razão e o equilíbrio. Por isso falamos que o caminho inverso estaria exatamente na conquista desta razão.  O desejo nos leva a cólera e a injustiça. A razão nos leva a justiça e a cortesia.

“A virtude é aquilo que deve nos preparar tanto para os prazeres como para as dores, de tal maneira que nossa conduta seja a melhor possível”.

Seremos provados exatamente nos momentos difíceis. O mundo nos trás dificuldades e a virtude é aquela que nos ajudará a vencê-la.  O justo será feliz por que não busca resultados, mas sim age com justiça e o seu mérito estará nos seus atos.

Nunca teremos resultados somente vitoriosos ou somente de derrotas.  Devemos sair deste desejo infantil, que está sempre apegado ao resultado.  Devemos cultivar a nobreza da virtude tanto na chuva como em um dia de sol.   

A persistência e os esforços diários nos farão espiritualizar cada coisa que fizemos, e nos farão mais próximos da mencionada virtude.  Através da repetição desta lição moral, encontraremos uma forma de vida filosófica que se expressará com força e naturalidade.

“A virtude é um meio entre dois vícios, que pecam, um por excesso e outro pela carência”.  Para encontrar esta virtude, Aristóteles, também fala do justo meio, e que “entre dois males, devemos eleger o menor”.  Não combateremos os problemas de forma “romântica”, sem armas, mas sim, com uma estratégia inteligente. Devemos ter armas e sabermos lutar.  Podemos através de pequenas lutas diárias, chegarmos à grande vitória de vencermos a nós mesmos. Não conseguiremos consertar o mundo de uma só vez e talvez nem isto seja necessário, devemos e podemos sim, corrigir a nós mesmos e após isto contribuiremos para melhorar o mundo.

Divinópolis, 28 de Junho de 2018. 

Professor e Filósofo à maneira clássica
Elismar José Alves
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