Rapaz simula próprio sequestro para extorquir família
Segundo informações repassadas pela Polícia Civil (PC) ao Agora, a falsa vítima, um rapaz de 21 anos, foi localizada na região da Pedra do Calhau e simulou o próprio sequestro para extorquir os pais.
De acordo com o delegado Weslley Amaral de Castro, na segunda, 10, o suspeito entrou em contato com familiares e amigos contando ter sido assaltado e sequestrado por cinco homens. A falsa vítima afirmou ter sido abordada após recolher dinheiro de um consórcio no bairro Vitória.
Farsa
O suposto sequestrado enganou a família através de mensagens no celular. De acordo com a PC, o investigado afirmou que estava dentro do porta-malas de seu veículo, mas ainda tinha acesso ao celular e, por isso, ainda conseguia repassar informações.
Segundo o delegado, o investigado se passava pelos sequestradores e, a todo momento, extorquia os familiares e ameaçava matar a falsa vítima, inclusive dizendo que iria colocar fogo no sequestrado.
Ocorrência
O jovem não era visto desde as 21h de segunda-feira, 10. O veículo dele também estava desaparecido.
Os familiares estiveram na delegacia relatando o sequestro. De acordo com eles, o jovem havia sido colocado no porta-malas do próprio carro, no bairro Vitória, e levado.
A Polícia chegou até o local em que o rapaz estava após conversar com familiares e amigos.
No decorrer das investigações, a equipe da PC apurou que o investigado possuía diversas dívidas e que o chip usado pelo sequestrador na verdade era de sua propriedade, sem que a família e namorada desconhecessem o fato.
Já no final da tarde, após rastreamentos tanto do veículo, quanto a suposta vítima foram localizados, junto dos aparelhos celulares usados no falso sequestro.
De acordo com o delegado, após interrogar o suspeito, ele confessou a extorsão e justificou a ação dizendo que estava devendo para bancos e a uma pessoa envolvida com o tráfico.
Até o momento, às investigações levam a crer que o falso sequestrado agiu sozinho
Ele foi preso em flagrante pela prática dos crimes de extorsão e de denunciação caluniosa. A pena pode chegar à 18 anos.