Queda do dinamismo da construção continua

Pablo Santos

O nível de atividade das empresas da construção civil ficou bem inferior ao usual para o mês. A conclusão é da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, que ainda registrou queda mais intensa da atividade e do número de empregados em maio, frente a abril.

Segundo a amostragem, o indicador de atividade da construção caiu 2,8 pontos na comparação com abril (45,7 pontos) e marcou 42,9 pontos em maio. O resultado revelou queda mais intensa da atividade no mês, ao distanciar-se dos 50 pontos – fronteira entre recuo e elevação. O índice mostrou pequeno aumento, de 0,2 ponto, na comparação com maio de 2018 (42,7 pontos), e foi o mais elevado para o mês em cinco anos.

Conforme os números, o indicador de atividade em relação à usual decresceu 7,0 pontos entre abril (33,9 pontos) e maio (26,9 pontos), e seguiu apontando nível de atividade inferior ao habitual para o mês. Frente a maio de 2018 (25,2 pontos), o índice avançou 1,7 ponto.

O indicador de evolução do número de empregados recuou 0,7 ponto em relação a abril (43,4 pontos), registrando 42,7 pontos em maio. Com a queda, o índice apontou retração mais acentuada do emprego. O indicador também foi inferior ao apurado em maio de 2018 (43,3 pontos).

Expectativa

Ainda de acordo com a pesquisa, os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores acima de 50 pontos apontam expectativas de elevação.

Os empresários da construção estimam que o nível de atividade aumentará nos próximos seis meses. Contudo, o indicador – que chegou a atingir 60,8 pontos em fevereiro – oscilou ao longo do primeiro semestre e registrou 53,4 pontos em junho, valor mais próximo do nível neutro dos 50 pontos. O índice avançou 3,3 pontos frente a maio (50,1 pontos) e 8,0 pontos em relação a junho de 2018 (45,4 pontos), quando as expectativas foram seriamente impactadas pela greve dos caminhoneiros.

 

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