Que preguiça

Que preguiça

Divinópolis é mesmo inusitada. É uma cidade onde é feita e permitida tanta coisa esquisita na política. É realmente única, onde se faz reunião não para decidir o assunto em questão, mas para marcar outra reunião. Não se sabe se os políticos têm certeza que não levarão um puxão de orelha porque a população não está nem aí, ou fazem mesmo para ratificar que são donos absolutos da verdade. Mal sabem eles que tudo nesta vida passa!

Ou está ou não

Um exemplo de alvoroço que não dá em nada é a situação da superintende afastada do cargo do Instituto de Previdência dos Servidores de Divinópolis (Diviprev), Rejane Campos. Afastada há cerca de seis meses e recebendo ainda o salário de chefia, uma comissão formada dentro do próprio instituto pede a sua cabeça. Não conseguiu, o assunto foi para o Sindicato dos Servidores Municipais (Sintram), onde houve uma reunião que terminou com outra agendada. Rejane precisa apresentar sua defesa em 15 dias, mas o jurídico do Diviprev entende que a prorrogação de mais três meses feita pela Prefeitura para que ela continue superintendente é legal, outra reunião para quê?

De lá e de cá

E a coisa anda mesmo feia. É denúncia de vereador que é acatada, outras não. No Ministério Público, contra vereadores e servidores; na Corregedoria, com sede em Belo Horizonte, para denunciar promotores. E, assim, segue o jogo no tabuleiro, que promete ser longo e terminar somente no ano que vem. Prometo falar pelo menos de uma das peças desta partida em breve, caso alguém consiga arrastá-la.

De alta complexidade

E também de média. A Prefeitura enfrenta sérias dificuldades para atender a demanda de pacientes destas áreas da saúde. E não é de hoje. O Estado deve ao Município R$ 76,1 milhões em repasses relativos a 2018 e 2019. Em meio a tantas situações embaraçosas para resolver em Divinópolis, o secretário de Saúde, Amarildo Sousa, foi à Cidade Administrativa ontem pedir socorro ao secretário de Estado da pasta, Carlos Eduardo Amaral.  A promessa de passar os recursos é a partir de 2020. Mas, se apertar, vai que dá. O hospital regional é um exemplo.

Não é a única

E o governador Romeu Zema (Novo) não sofre pressão somente de gestores de Saúde, não. Tem recuado em algumas situações quando a pressão vem de todos os lados e é forte. A Segurança Pública é o melhor exemplo.  Já estava agendada para a próxima semana uma grande movimentação dos servidores da área pedindo a regularização dos salários (fim das parcelas) e outros direitos. Agiu rápido e informou ontem que já definiu diretrizes para retomar o mais rápido possível a normalidade do pagamento dos servidores do Estado. Fez projeções até para o 13º. Quem diria! Por livre e espontânea pressão.

Não se livrou

O problema é que ele só achou que ficou livre. Astutos que são, os policiais vão ficar de campana, só esperando um deslize, para dar o bote. Tanto que já agendaram uma nova data para o ato em Belo Horizonte, 16 de setembro. E o pior é que ele tem razão de ficar na espreita porque com os servidores da segurança pública “o buraco é mais embaixo”. 

Tratamento igual

E todos os servidores deveriam agir da mesma forma. Principalmente, os sofridos professores, a maior das profissões, responsável por ensinar todas as outras. Infelizmente, não é respeitada e muito menos valorizada. O tratamento tem que ser igualitário, ninguém passa em concurso, sai de casa de manhã e volta tarde da noite, é ameaçado e, muitas vezes, apanha de alunos e pais para receber uma mixaria e, ainda, parcelada. Isso é desumano. Aliás, quando lecionar foi humano? Pelo menos, eu não me lembro.

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