Que nem

Qualquer semelhança é mera coincidência. É bem isso. O Congresso Nacional vive nos últimos meses uma situação muito parecida com a de Divinópolis. Não é à toa que tem a palavra Câmara no meio. Entra pedido, tira pedido, vota denúncia, derruba denúncia. Assim segue o ritmo da Casa, que pouco produziu nesta legislatura exatamente pelo foco estar voltado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e aos pedidos de afastamento do prefeito Galileu machado (MDB). Agora mesmo, nem terminou a CPI do IPTU, bem provável que a da Fanbacord esteja a caminho. É para rir ou para chorar?

Saiu vivo

Em Divinópolis, já são cinco pedidos de impeachment e, se esta última emplacar, cinco de CPI. Isso se não aparecer em breve uma nova denúncia contra o prefeito. Na nossa capital do país, a coisa também parece piada. O delgado Waldir disse que não saía da liderança do PSL da Câmara “nem morto”, mas foi tirado vivo mesmo. O cargo então caiu no colo de Eduardo Bolsonaro (SP), mas não se sabe por quanto tempo. Ontem mesmo ele foi alvo de uma representação que pede a sua saída do comando do diretório estadual do partido em São Paulo. E nos bastidores em Brasília comenta-se que opositores farão o mesmo para que ele deixe também a liderança no Legislativo Nacional.

Oposição convocada

E não percam o ritmo e nem fôlego. Nomes ligados à oposição e ao governo de Bolsonaro terão que prestar depoimento na CPI que apura notícias falsas na internet. A CPI das fake news aprovou ontem 67 requerimentos de convite e convocação. Entre os nomes, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Paulo Marinho. Mais uma para a conta do povo que, até agora, só viu as disputas de grupos rivais virar um “cabaré”, e trabalho que é bom, nada!

Um posto

Ainda dentro da gastança dos deputados estaduais mineiros neste ano, as despesas com combustível e locação de veículos representaram quase 50% dos R$ 11,3 milhões da verba indenizatória, de fevereiro a setembro. O cruzamento feito pelo site da rádio Itatiaia mostra que os 77 deputados gastaram R$ 2 milhões com combustível e lubrificante, valor suficiente para comprar um posto de combustíveis completo. Sávio Souza Cruz (MDB), com R$ 65.724,00; Arlen Santiago (PTB), com R$ 63.056,25; Professor Cleiton (PSB), com R$ 57.374,11; e Celise Laviola (MDB), com R$ 55.150,06, foram os que mais usaram a verba para combustível. Haja dinheiro suado do pobre e chão para rodar.

Já o gasto com locação e fretamento de veículos consumiu R$ 3,5 milhões de recurso público.

Desigualdade 

Já o montante gasto com locação e fretamento de veículos, R$ 3,5 milhões, seria suficiente para comprar, por exemplo, 100 carros populares. Nesse item, Gustavo Santana (PL), com R$ 97.200; Thiago Cota (MDB), com R$ 95.880; Professor Irineu (PSL), com R$ 91.400; e Virgílio Guimarães (PT), com R$ 87.076,66, aparecem como os que mais usaram o benefício. Enquanto isso, doentes viajam centenas de quilômetros em ambulâncias ruins e dezenas de alunos são obrigados a usar transporte em situação degradante. Mas se “eu tenho todas as mordomias, o outro é que se dane”. Esse é o Brasil desigual.

Abuso

É notório como a maioria abusa do “poder gastar”. Dá para trabalhar sem explorar tanto os mais necessitados. Cleitinho Azevedo (CDN), por exemplo, teve custo zero em locação e fretamento de veículos e gastou três quatro vezes menos do que os deputados que lideram o consumo. O problema é que a maioria das pessoas se espelha em apenas exemplos ruins.

Apresentados

Os dois dos novos delegados nomeados para atuarem sob o comando do delegado regional, Leonardo Pio, foram apresentados ontem na reunião da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública (Acasp) de ontem. Entre eles, Ana Paula Rodrigues, que ficará à frente da Delegacia de Furtos e Roubos em Divinópolis.  

 

 

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