Pulando a cerca

Pulando a cerca

 

As redes sociais amanheceram alvoroçadas depois que este Agora publicou a intenção do vereador Sargento Elton, de que as chamadas concertinas sejam colocadas em todos os muros que não tivessem mais que 1,80m. Na verdade, a matéria produzida pelo repórter Ricardo Welbert, gerou margem de dúvida e o vereador foi  bombardeado por algo que não fez ou disse.

 

Na verdade...

 

... e com muita razoabilidade, o que o vereador está querendo é prevenção futura, não somente contra bandidos e o mosquito da dengue. O muro a esta altura seria apenas para que, em caso de colocação de eletricidade, os meninos não se ferissem ou sofressem choques, caso os muros fossem de um metro ou menos. A proposta é lógica, pois ainda exige que seja feito o passeio e limpeza dos lotes para que ninguém se esconda neles após cometer algum crime.

 

Só que...

 

... os maldosos ou mal intencionados começaram a delirar sobre a altura do muro, como se isso fosse para residências. A cidade, segundo o vereador Sargento Elton, tem cerca de 70 mil lotes vagos, sem qualquer estrutura ou demarcação, o que facilita a criminalidade, ao esconderijo e à proliferação do mosquito da dengue. O bom e necessário projeto merece reflexão, e não condenação.

 

Um sonho realizável?

 

O discurso do vereador Marcos Vinicius sobre o Hospital Regional não passa de quimera. Os prefeitos das cidades que integram o “circuito da saúde” de Divinópolis estão sem prestígio e sem dinheiro. A vontade de terminar o hospital é grande, só que o governador Pimentel dificilmente fará alguma coisa, pois também não tem dinheiro. E não adianta querer pressionar, mesmo que os 54 prefeitos representem mais de um milhão de pessoas e bons votos para as eleições do ano que vem. O máximo que irão conseguir é ser recebidos, bem tratados, tomar um cafezinho e ouvir que todos os esforços estaduais estarão voltados para o Hospital de Regional de Divinópolis. Pode até arriscar em dizer um sim, nem que seja para agradar, mas no final, nada acontecerá já que nem aos seus funcionários está pagando em dia.

 

Tirando leite...

 

...de pedra. A CPI da Copasa, como tantas outras já instaladas por aqui não dará em nada e nem concluirá nada que não se saiba. Muito se tem falado sobre uma possível anulação do contrato entre Prefeitura e Copasa, assinado inicialmente pelo prefeito Antônio Martins na década de 70. Depois disso, Galileu estendeu o dito por mais 30 anos, quando até o presidente da Câmara estava presente, sem qualquer alarido e nada aconteceu. E não aconteceu porque o próprio contrato estabelecia que o prefeito teria este poder 30 anos depois, e sem consultar ninguém.

 

Depois Vladimir...

 

...vendeu o esgoto para a mesma companhia, por cerca de R$ 28 milhões, autorizado pela Câmara Municipal, portanto ato legítimo como o foi o de Galileu. Assim, esta CPI servirá para que esta nova “leva” de vereadores tome conhecimento da história que já dura mais de 40 anos. Pessoas comentaram nas redes sociais, que Vladimir deu um show nos vereadores. Não poderia ser de outra forma, pois foi prefeito por dois mandatos e sabe sobre tudo que acontece e aconteceu no passado. Mas, a CPI é interessante, principalmente, quando mostra que os vereadores além de atentos, precisam justificar os salários. Muito bom.

 

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