Prudentes e pacientes

Baseando-me na Filosofia à maneira Clássica apresentarei e comentarei fragmentos da obra oriental “o Dhammapada”, que faz parte da filosofia budista. Hoje abordarei sobre o tema do "castigo”.

“Todos os seres tremem ante o castigo, todos temem a morte. Quando o homem pondera sobre isto, não mata nem impele a matar”.

Nenhum homem está isento da dor. Todos nós temos um ponto fraco, e diante dele, somos sensíveis. Aqueles que são filósofos em reconhecer suas próprias limitações e dificuldades serão, sobretudo prudentes e pacientes com as falhas dos demais.

“Aquele que busca a sua própria felicidade e não prejudica a outros que também anseiam pela felicidade, encontrá-la-á a partir desse momento”.

Devemos caminhar pela vida sem deixar que nossas ações comprometam a evolução de outros seres. Um exemplo bastante oportuno que poderíamos citar seria a agressão que o homem tem causado contra a natureza. E tratando-se das relações com o próprio homem, considero que seria ainda de maior gravidade. 

Evidentemente que diante de escolhermos um caminho baseado na verdade, incomodaríamos aqueles que se inclinam à mentira. Nossa felicidade não será, entretanto, encontrada fora de nós, não fazendo sentido, buscá-la em objetos ou no comportamento de outras pessoas.

“Nunca diga palavras ásperas, pois uma vez ditas, podem voltar-se contra ti. As palavras iradas são dolorosas e podem voltar com a mesma intensidade”.

Existe uma “lei de ação e reação que acontece não só no campo da física”, mas também em todos os níveis da nossa personalidade. E com toda certeza, a intensidade de nossas palavras gerará vibrações positivas ou negativas para aquele que as ouçam.

“Existe neste mundo um homem tão nobre que evite sempre toda falta, como o nobre cavalo evita o golpe do chicote?”

Há filósofos que ensinam que a perfeição não seria deste mundo, talvez uma vez atingida, passaríamos a um plano superior de evolução. Este é o reconhecimento do ser filósofo que existe dentro de cada um de nós. Quando não vemos o porquê da filosofia, também não veremos nossas falhas a serem superadas.      

Neste sentido o Dhammapada também nos ensina quando diz: “Sê fogoso como o nobre cavalo golpeado pelo chicote, pela fé, pela virtude, pela energia, pela profunda contemplação e visão, pela sabedoria e reta ação, superarás as mágoas da vida.

Desta forma a filosofia à maneira clássica apresenta-nos como uma ferramenta que nos levaria a encontrar o Ideal humano, que é banhado por nossa autêntica natureza.

Divinópolis, 24 de Maio de 2018.
Professor e Filósofo à maneira clássica
Elismar José Alves
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